Chama-se Power Pocket e quer pôr um fim às preocupações com a bateria do telemóvel. Esta nova tecnologia não precisa de corrente elétrica nem de energia solar para alimentar o equipamento.
Chama-se Power Pocket e quer pôr um fim às preocupações com a bateria do telemóvel. Esta nova tecnologia não precisa de corrente elétrica nem de energia solar para recarregar o equipamento. O único requisito é um corpo humano.
O dispositivo funciona através de módulos termoelétricos que convertem o calor do corpo humano em energia. Os primeiros protótipos já estão disponíveis em versão calção e saco-cama, com os quais é possível carregar o telemóvel enquanto se anda, dança ou dorme.
O projeto foi desenvolvido numa parceria entre a Vodafone e o departamento de Ciências Eletrónicas e Computação da Universidade de Southampton. A fase experimental arrancou no passado dia 13 de Junho, no Isle of Wight Festival, em Inglaterra, e vai decorrer ao longo de toda a época “festivaleira” deste Verão.
“Assim por alto, podemos dizer que oito horas dentro do saco-cama equivalem a 24 minutos de conversação e a 11 horas em stand-by. Isto assumindo que o seu interior está à temperatura média do corpo humano, ou seja, 37ºC”, explica Stephen Beeby, professor de Sistemas Eletrónicos na Universidade de Southampton e líder do projeto.
Da mesma forma, um dia inteiro a dançar com o telemóvel no bolso dos calções Power Pocket consegue carregar um smartphone por 4h.
Em cada um dos dispositivos Power Pocket, a conversão em energia elétrica é feita através de módulos termoelétricos que transformam oscilações de temperatura em energia elétrica.
“Os módulos termoelétricos são compostos por duas camadas, uma fria e outra quente (aquela que fica em contato direto com o corpo). Os fluxos de calor transmitidos pelo corpo humano e as diferenças de temperatura entre as duas camadas criam uma tensão e corrente elétrica que, por sua vez, geram energia elétrica”, explica o responsável, em comunicado divulgado no blog da Vodafone UK.
Embora os testes estejam a decorrer, a equipa de investigação continua a trabalhar no projeto. “Ainda há muita pesquisa a fazer, de forma a tornar o material resistente e aplicável a todas as roupas”, diz Stephen, confiante de que “daqui a dez anos, esta tecnologia vai estar presente na roupa do dia-a-dia e acessível a todos”.
Notícia sugerida por Vítor Fernandes