Em Caracas, na Venezuela, as obras na Praça Luís Vaz de Camões chegaram ao fim no final de Setembro, com a colocação de um revestimento tradicionalmente português: calçada com cubos de pedra calcária, em branco e negro azulado.
Em Caracas, na Venezuela, as obras na praça que pretende homenagear o poeta luso Luís Vaz de Camões ficaram concluídas no final de Setembro, com a colocação de um revestimento tradicionalmente português: calçada com cubos de pedra calcária, em branco e negro azulado.
Para realizar a obra, foram enviados para a Venezuela dois contentores com pedra para calçada portuguesa. Segundo a imprensa local, a obra foi patrocinada por um membro da junta diretiva do Centro Português.
O jornal Correio da Venezuela, dirigido à comunidade portuguesa, explica que a Praça Luis Vaz de Camões fica numa rua homónima, na urbanização de Macaracuay, em Caracas, e foi construída para homenagear o poeta português e também como forma de agradecer à Venezuela pela maneira como acolhe a comunidade portuguesa.
A iniciativa levou o mestre calceteiro Jorge Duarte Monteiro, da Escola de Calceteiros da Câmara Municipal de Lisboa, até àquela capital sul-americana, onde esteve até ao final do mês passado, a supervisionar as obras.
Introduzida em 1842, na Praça D. Pedro IV, em Lisboa – quando a pavimentação da placa central adotou o desenho das ondas do mar -, a calçada portuguesa rapidamente alcançou um enorme sucesso, espalhando-se por toda a cidade. De seguida, o pavimento foi escolhido para decorar o chão de outras cidades e vilas portuguesas, bem como de ex-colónias.
Mais recentemente, os calceteiros lisboetas têm sido convidados a executar o seu trabalho em importantes cidades do mundo. O Calçadão que bordeja as praias do Rio de Janeiro, por exemplo, tornou-se um icónico cartão de visita depois da sua passagem para o grande ecrã.
A calçada portuguesa é feita à base de cubos de pedra calcária (vidraço), brancos e negros azulados e consiste na composição de desenhos ou padrões criativos. A Câmara Municipal de Lisboa conta mesmo que, a par do clima ameno do país e do reflexo da luz nas águas do Tejo, “a calçada portuguesa é responsável pela peculiar luminosidade lisboeta”.
A autarquia tem vindo a manter a Escola de Calceteiros na Quinta Conde dos Arcos, na freguesia dos Olivais, cujos mestres calceteiros são convidados para executar o seu trabalho em diversas cidades estrangeira e arrecadam distinções internacionais.