Segundo os investigadores, os homens que consomem seis ou mais chávenas de café diariamente têm uma redução 60% na hipótese de vir a desenvolver um tipo de cancro da próstata altamente mortal e menos 20% de hipóteses de vir a desenvolver qualquer tipo de cancro da próstata.
Aparentemente, a redução do risco não provém da cafeína, pois foi verificada independentemente de ser consumido café normal ou descafeinado e o consumo de uma a três chávenas por dia já é suficiente para reduzir em 30% o risco de vir a desenvolver cancro da próstata mortal.
Kathryn Wilson, autora do estudo, explicou à Harvard School of Public Health, que “se esta descoberta for validada o café poderá representar um dos fatores capazes de diminuir o risco de vir a desenvolver a forma mais perigosa de cancro da próstata”, até agora desconhecidos.
A opção de estudar o café surgiu pelo facto de se tratar de um fruto com funções antioxidantes, que reduz inflamações e regula a insulina – fatores que podem influenciar o aparecimento da doença em causa.
O estudo acompanhou 47.911 homens, que forneceram informações aos investigadores sobre os seus hábitos de consumo de café entre 1996 e 2008. Ao longo da pesquisa, 5.035 deles desenvolveram cancro da próstata, incluindo 642 casos letais.
A equipa refere ainda que, normalmente, os consumidores de café são também fumadores e fazem pouco exercício físico. Como tal, estes fatores que foram tidos em conta durante o estudo e ainda assim o risco de vir a desenvolver a doença era reduzido entre os participantes.
Em estudos anteriores, o café foi associado à diminuição do risco de vir a desenvolver doenças como Parkinson, diabetes tipo 2, cirrose e cancro do fígado, por exemplo.
Segundo a Universidade de Harvard, o cancro da próstata é a forma de cancro mais diagnosticada nos EUA e a segunda causa de morte entre os homens, afetando um em cada seis. Mais de 2 milhões de homens nos EUA e 16 milhões em todo o mundo sobrevivem à doença.
O estudo, que foi apoiado pelo National Cancer Institute do National Institutes of Health, pelo American Institute for Cancer Research, e Prostate Cancer Foundation, carece agora de validação entre populações com uma exposição maior ao café e com muitos casos de cancro da próstata.
Leia AQUI o comunicado da Harvard School of Public Health.
[Notícia sugerida por Ana Costa]