A cachupa, prato tradicional de Cabo Verde, pode vir a ser considerada património da culinária mundial. Com turistas cada vez mais exigentes e a quererem conhecer e consumir produtos com uma identidade cultural, a cachupa é vista como o prato que mai
A cachupa, prato tradicional de Cabo Verde, pode vir a ser considerada património da culinária mundial. Com turistas cada vez mais exigentes e a quererem conhecer e consumir produtos com uma identidade cultural, a cachupa é vista como o prato que mais identifica os cabo-verdianos em qualquer parte do mundo.
Citado na edição online desta segunda-feira do jornal 'A Semana', Francisco Sarmento, consultor das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), defende que o Governo de Cabo Verde “deve investir” neste prato típico e, como tal, continuar a apostar no cultivo do milho.
O responsável lembra que Cabo Verde está a apostar no setor do turismo e que os turistas, sobretudo os mais jovens, vão querer cada vez mais conhecer e consumir produtos que tragam uma identidade cultural. “A cachupa tem tudo isso. Tem potencialidades para ser considerada um património da culinária mundial”, afirma.
A cachupa é o prato da gastronomia que identifica os cabo-verdianos em qualquer parte do mundo, mas há muito que foi adotado em países como Angola, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, fazendo cada vez mais parte da ementa dos portugueses, senegaleses e de outros povos que convivem com a diáspora cabo-verdiana.
Em Março de 2009, foi quando surgiram, na ilha cabo-verdiana de São Vicente, os primeiros sinais de que Cabo Verde queria valorizar este seu património, com a criação da primeira Confraria da Cachupa de Cabo Verde. A mesma propõe ser uma associação de cariz cultural, cuja principal missão é, precisamente, defender o vasto património gastronómico de Cabo Verde.
A cachupa é um prato feito com milho, legumes, banana e muitas variedades de carne, na considerada versão “rica”, enquanto a cachupa “pobre” é feita com peixe.