O buraco na camada de ozono, que protege a Terra dos raios ultravioleta, deverá diminuir sobre a Antártida este ano. A conclusão é da Organização Meteorlógica Mundial, agência climática da ONU.
O buraco na camada de ozono, que protege a Terra dos raios ultravioleta, deverá diminuir sobre a Antártida este ano. A conclusão é da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), agência climática da ONU, que informou que a perda de ozono em 2012 deve ser menor do que no ano passado.
“Até agora, durante este ano, as condições de temperatura e a exensão das nuvens estratosféricas polares indicam que o grau de perda de ozono será inferior a 2011, embora vá ser um pouco maior do que em 2010”, avançou a OMM em comunicado citado pela agência Reuters.
Segundo a organização, o buraco da camada de ozono na Antártida, que, atualmente, mede 19 milhões de quilómetros quadrados, terá, provavelmente, em 2012, uma dimensão inferior à do “ano recorde” registado em 2006.
Ainda assim, a entidade admite que uma recuperação completa continua longe de acontecer. Isto porque, mesmo depois da proibição dos CFC – clorofluorcarbonetos -, substância usada, por exemplo, em sprays, os seus efeitos mantêm-se na atmosfera, pelo que serão necessárias várias décadas até que as concentrações voltem aos níveis pré-1980.
A assinatura, há 25 anos, do Protocolo de Montreal, deu início à retirada progressiva dos produtos com esta substância do mercado internacional, depois de vários estudos terem comprovado que a mesma é altamente prejudicial à camada de ozono e contribui para a sua destruição.
De acordo com a OMM, a ação tem ajudado a evitar milhões de casos de cancro da pele, bem como os efeitos nefastos dos CFC sobre o ambiente.