O principal objetivo do estudo foi comparar os efeitos sobre glicemia, insulinémia e lipidémia em três comportamentos diferentes: um sedentário prolongado de 9 horas, outro assente na realização de atividade física durante 30 minutos por dia e, em terceiro lugar, a prática de pausas regulares, com atividade física de 1 minuto e 40 segundos a cada meia hora.
De acordo com a investigação “parece que o padrão, segundo o qual se acumula o total de tempo sedentário, pode mitigar parcialmente os efeitos negativos do comportamento sedentário”.
Assim, as conclusões do estudo mostram que a interrupção de comportamentos sedentários prolongados, por pouco menos de dois minutos com atividade física, a cada meia hora tem um efeito positivo na saúde, e concretamente nos níveis de glicose e insulina pós-prandial em adultos saudáveis.
O estudo (http://ajcn.nutrition.org/content/98/2/358.abstract) encoraja a comunidade médica a aconselhar a interrupção regular de períodos sedentários com breves períodos de atividade física e propõe que “as recomendações de saúde pública considerem sugerir a interrupção regular de períodos prolongados, na posição sentada, como um complemento da execução habitual de períodos mais longos e intensos de atividade física”.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda pelo menos 60 minutos por dia de atividade física aeróbica entre os 5-17 anos e 150 minutos por semana para os adultos.
Desde a década de 1950, tem aumentado substancialmente o tempo que as pessoas passam em estado sedentário, o que representa um aumento de risco de doenças cardiovasculares. Aliás, a inatividade física é considerada, pela OMS, como o quarto fator de risco para a mortalidade.