O município de Vila Flor, em Bragança, iniciou, esta segunda-feira, um programa de prevenção do bullying para ajudar as crianças a lidar com o problema e para identificar possíveis vítimas de violência física e psicológica em ambiente escolar.
O município de Vila Flor, em Bragança, iniciou, esta segunda-feira, um programa de prevenção do bullying para ajudar as crianças a lidar com o problema e para identificar possíveis vítimas de violência física e psicológica por parte dos colegas em ambiente escolar.
O “Programa de Prevenção sobre Bullying”, que vai prolongar-se até ao dia 14 de Fevereiro, é da responsabilidade do Gabinete de Psicologia daquela vila bragantina e é descrita pela autarquia como “uma iniciativa de cariz totalmente pedagógico que pretende desenvolver estratégias de cooperação e aceitação nos grupos de crianças de várias idades”.
Ao longo das várias sessões do programa, a equipa de psicólogos vai trabalhar com os sentimentos, as formas de dar resposta a um agressor e os meios existentes para ajudar alguém que seja vítima de bullying.
Constituindo-se como uma temática cada vez mais discutida, o bullying consiste na prática de atos violentos, intencionais e repetidos contra alguém, uma prática que provoca danos físicos e psicológicos. Estes atos são, por norma, dirigidos contra pessoas consideradas incapazes de se defender e que, assim, são levadas a temer os agressores.
Esta iniciativa contra o bullying vai decorrer nas diversas escolas do município com alunos do primeiro ciclo, tendo como parceiros a Câmara Municipal de Vila Flor, a Santa Casa da Misericórdia e o Centro de Saúde Local.
Chegar também a pais e professores
Em declarações à Lusa, a psicóloga Carla Santos, que dirigiu, esta segunda-feira, a primeira sessão do programa na escola de Seixo de Manhosos, contou que a mesma consistiu na apresentação de uma história que retrata uma situação de bullying, que depois foi recriada pelas crianças.
“Cada um recria uma personagem e, a seguir, identificam o sentimento de cada uma delas”, explicou a especialista, acrescentando que a iniciativa se destina não só a prevenir as situações de violência física ou psicológica dos alunos sobre outros colegas, como também a sinalizar eventuais casos existentes.
O programa contempla ainda a afixação na sala de aula de frases relacionadas com este tema e a distribuição de uma ficha para que os professores trabalhem, posteriormente, com as crianças sobre o assunto, na qual os mesmos serão convidados a “contar possíveis situações delas ou de colegas”.
No âmbito destas sessões pedagógicas pretende-se, portanto, “trabalhar os sentimentos, as formas de responder a um 'bully' (aquele que pratica a violência), assim como a melhor forma de ajudar alguém que seja vítima”.
“Mais tarde”, adiantou Carla Santos, os promotores ambicionam alargar este projeto a pais e professores com o apoio do Centro de Saúde, aumentando a consciencialização sobre este problema.