Três meses depois do início daquela que foi a pior maré negra da história dos Estados Unidos, a BP conseguiu finalmente estancar, nos últimos testes, a fuga e parar o derrame nas águas do Golfo do México.
Três meses depois do início daquela que foi a pior maré negra da história dos Estados Unidos, a BP conseguiu finalmente estancar, nos últimos testes, a fuga e parar o derrame nas águas do Golfo do México. A BP anunciou nesta quinta-feira que, após testes, o sistema instalado sobre o poço no Golfo do México para travar a fuga respondeu bem e, pela primeira vez desde o acidente, o petróleo parou de vazar no mar.
Num comunicado publicado no site da BP, a empresa diz que, durante as provas, as três aberturas continuaram fechadas, “o que a efeitos práticos fecha o poço”. “Embora não se possa garantir, se espera que não se derrame mais petróleo no mar”, afirma a nota.
A BP, empresa responsável pelo vazamento, retomou os testes de resistência da estrutura depois de suspendê-los durante a noite desta quarta-feira por detectar uma fissura.
“As provas começaram nesta quinta-feira, de acordo com os procedimentos aprovados pelo Comando Nacional de Incidentes”, e até o momento desenvolvem-se com normalidade, segundo o comunicado.
Os primeiros testes vão durar pelo menos seis horas e mas podem prolongar-se por 48, acrescenta a declaração.
A empresa adverte, no entanto, que embora o petróleo tenha parado de vazar no mar durante a primeira fase de testes, “isso não quer dizer que o fluxo de petróleo e gás do poço tenha sido detido de maneira permanente”.
Os próximos testes medirão a pressão interna do sistema. Se a pressão for baixa demais poderá haver uma fuga similar à detectada na quarta à noite e será necessário começar o processo novamente.
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o coordenador da luta contra o vazamento por parte do Governo dos EUA, almirante Thad Allen, disse que o registro de pressão alta será uma boa notícia, pois quer dizer que o dispositivo funcionou devidamente e que está em condições de suportar o fluxo de petróleo.
Se os testes derem resultados positivos, o sistema será ligado por meio de oleodutos a navios na superfície. O sistema terá capacidade para enviar até 80 mil barris diários de petróleo para os navios, uma quantidade superior à que vazava do poço estragado, calculada em entre 35 mil e 60 mil barris.
O atual sistema será apenas provisório, enquanto a solução permanente consiste em dois poços auxiliares, através dos quais se injetará uma mistura de lama pesada e cimento para selar o poço.
O vazamento começou no dia 20 de abril, por causas ainda desconhecidas, depois da explosão – que matou 11 funcionários – e o afundamento dois dias depois da plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP.