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Boom Festival: os números que traduzem mais edição com saldo postivo

“Põe Idanha no mapa, mas também beneficia Portugal com o seu impacto e imagem positivos", afirmou Ana Godinho, secretária de Estado do Turismo
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Será sempre redutor fazer o balanço de mais uma edição do Boom Festival com base em números. Falta-lhes as cores, os sons, a alegria e, por muita grandeza que expressem, nunca conseguirão traduzir o sentido de comunidade único deste evento, que, este ano, reuniu nos 150 hectares da Boomland, em Idanha-a-Nova, na lua cheia de 22 a 29 de julho, cerca de 30.000 boomers, 508 dos quais crianças e 53 com necessidades especiais, de 147 nacionalidades.

A 12ª edição do Boom Festival contou com mais de 392 horas de música, instalações artísticas de 37 artistas e 420 conferências, workshops, espetáculos de dança e atividades infantis. Destaque para a participação de Leo Hoffman-Axthelm, representante europeu da Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares, organização que conquistou o Prémio Nobel da Paz em 2017.

O evento bienal de cultura independente que, desde 1997, se realiza na lua cheia de julho ou agosto, é uma referência internacional. Multidisciplinar, transgeracional e intercultural, o Boom tem um impacto social, económico e cultural enorme no Interior do país.

Com uma paisagem marcada pela enorme escultura “Emergence” de Daniel Popper – o artista multidisciplinar sul-africano, que percorre o mundo criando uma enorme variedade de esculturas, instalações e palcos, sendo conhecidas as suas criações para festivais como o Boom, em Portugal, o “Electric Forest”, nos Estados Unidos, ou o “Rainbow Serpent”, na Austrália –, a 12ª edição acolheu instalações de 15 coletivos e 10 artistas internacionais e de sete coletivos e cinco artistas portugueses, num total de 37. 193 music acts e exposição de obras de 26 artistas plásticos

Mais de 392 horas de música nos quatro palcos principais do festival – Dance Temple, Sacred Fire, Alchemy Circle e Chill Out –, distribuídas por 193 music acts de DJ’s Sets e bandas ao vivo, dos quais 41 portugueses, fizeram também mais uma edição do Boom Festival que, como habitualmente, contou com palestras na Liminal Village, este ano dedicadas ao tema “Ativismo”, e na área NGO Django e Eco Tech Hub, bem como uma grande variedade de workshops.

A MOVA, a galeria de artes plásticas do Boom Festival, exibiu obras de 26 artistas, numa edição em que 13 organizações não governamentais tiveram a oportunidade de divulgar o trabalho que realizam em prol de um planeta mais equilibrado e sustentável.

30% usaram o Boom Bus e 100 de bicicleta
Reconhecido internacionalmente pela sua vertente ambiental, o Boom Festival colocou 213 autocarros à disposição dos boomers, como forma de reduzir o número de veículos em circulação e, desta maneira, os gases nocivos na atmosfera. Aproximadamente 30% de todos os participantes, ou seja 10.176, usaram o Boom Bus, sendo que mais de 100 pessoas aderiram à Boom By Bike Initiative e chegaram ao festival de bicicleta.

Integrando 194 pessoas na Eco Team, oito Eco Guardians e 88 colaboradores na equipa de limpeza e higienização dos espaços comuns do Boom, nesta edição foram disponibilizados ao público:
– 378 casas-de-banho compostáveis;
– 30.000 cinzeiros portáteis;
– 400 Kg de sabonetes biodegradáveis;
– 233 chuveiros.

Para a organização de mais uma edição do festival, a organização recorreu a um total de 203 fornecedores, 90% dos quais nacionais e 31% do distrito de Castelo Branco. Para abastecer os 41 restaurantes e bares, o Boom deu preferência a produtores locais e nacionais, que representaram 73% dos fornecedores de produtos para estas áreas. Mais de metade dos produtos para estas áreas – 51% – são biológicos e/ou orgânicos.

De salientar que o Boom Festival é membro da iniciativa “United Nations Music & Environment Stakeholder” desde 2010, a convite da UNEP – United Nations Environment Programme, organismo pertencente à ONU, e foi distinguido em 2008, 2010, 2012, 2014 e 2016 com o “Outstanding Greener Festival Award”, o prémio mundial mais importante de eventos sustentáveis atribuído por “A Greener Festival”.

Sobre o evento, disse recentemente Ana Godinho, secretária de Estado do Turismo: “Põe Idanha no mapa, mas também beneficia Portugal com o seu impacto e imagem positivos”.

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