O objetivo é restaurar a biodiversidade em habitats considerados essenciais pela União Europeia: bancos de areia permanentemente cobertos por água do mar pouco profunda, recifes e grutas marinhas submersas ou semi-submersas.
Uma das mais importantes intervenções do Biomares no Parque Marinho prende-se com a renovação dos recursos marinhos, por via do transplante de plantas recolhidas em locais dadores – o Estuário do Sado, o Rio Mira e a Ria Formosa são alguns dos exemplos. Em meio controlado, serão efetuadas experiências com germinação de sementes e desenvolvimento de plantas a partir daquelas, de modo a aumentar a diversidade genética da população transplantada.
O Biomares prevê ainda uma atenta monitorização da pesca local, já que muitas das suas práticas – assim como as que se verificam em algumas atividades de recreação e lazer – são apontadas como o principal fator de ameaça da biodiversidade existente no Parque Marinho.
A equipa, constituída por mais de 30 especialistas nas áreas das Ciências do Mar, Ambiente e Biologia, espera conseguir diminuir a probabilidade de extinção local de espécies residentes e crê que as áreas adjacentes beneficiem da migração de adultos e juvenis de diversas espécies, através da exportação de ovos, larvas e propágulos.
O projeto envolve entidades nacionais e internacionais, entre elas o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), o Instituto Nacional de Recursos Biológicos (IPIMAR) e o National Oceanic and Atmospheric Administration.
O Parque Marinho ocupa uma área de 52 quilómetros quadrados, entre a Serra da Arrábida e o Cabo Espichel, estendendo-se entre as praias da Figueirinha e da Foz.
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