Ciência

Bióloga lusa descobre espécie “raríssima” no Algarve

Uma bióloga portuguesa descobriu, no Algarve, um "pseudoescorpião raríssimo". Esta descoberta enfatiza a relevância das grutas do sul da Península Ibérica como refúgio de animais que são já considerados relíquias.
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Uma bióloga portuguesa descobriu, no Algarve, um “pseudoescorpião raríssimo”. De acordo com Ana Sofia Reboleira, esta descoberta enfatiza a relevância das grutas do sul da Península Ibérica como refúgio de animais que são já considerados relíquias.
 
Em declarações à Lusa, a bióloga explica que “este animal é uma relíquia que não tem parentes próximos em toda a região holártica [hemisfério norte] e é uma evidência de que já houve outro tipo de fauna nesta zona que foi mudando com as alterações climáticas”.
 
O animal em causa, batizado “Lusoblothrus aenigmaticus”, é um “pseudoescorpião raríssimo” e ganhou este nome devido ao facto de “a sua existência naquela região geográfica” ser “um enigma”. Segundo a especialista, a espécie terá ficado “refugiada” naquele local “ao longo de milhares de anos de evolução, adaptando-se às condições de vida em meio subterrâneo”. 
 
O novo género de “pseudoescopirão” das cavernas foi descoberto em 2009 mas só agora o achado foi publicado na revista científica “Zootaxa”, sendo descrito pelo especialista Juan António Zaragoza, da Universidad de Alicante, em Espanha.

Bióloga já tinha descoberto outras cinco novas espécies

 
A descoberta aconteceu durante o doutoramento, entretanto concluído, de Ana Sofia Reboleira, no Departamento de Biologia e Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro, orientado pelos professores Fernando Gonçalves (do Departamento de Biologia da mesma universidade) e Pedro Oromí, da espanhola Universidad de La Laguna.
 
De salientar que esta descoberta faz aumentar para 11 o total de novas espécies já descritas pela investigadora, que tem ajudado a reforçar o património biológico português e chamado a atenção para a importância destas espécies como “um valor natural em risco, pela falta de medidas específicas de proteção para os habitats subterrâneos”.
 
A bióloga portuguesa foi também responsável, a par de Alberto Sendra, do Museu Valenciano de História Natural, pela descoberta de mais cinco novas espécies para a ciência na gruta mais profunda do mundo a 2.191 metros abaixo do nível do solo. 
 
Os animais, insetos primitivos sem asas e sem olhos, foram descobertos durante a expedição Ibero-Russa do CAVEX Team à gruta Krubera-Vorónia, localizada na Abecásia, uma área remota perto do Mar Negro, nas montanhas do Cáucaso.

[Notícia sugerida por Rui Rodrigues, Elsa Martins, Raquel Baêta e Vítor Fernandes]

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