Nos próximos dois anos, a equipa de investigação vai receber 400 mil dólares para investigar se uma determinada molécula de acúçar expressa pelo agente causador da malária, o Plasmodium, deve ser incluída como parte de uma nova vacina para a malária.
Para isso, a Fundação aposta em iniciativas altamente inovadoras onde cientistas propõem caminhos pioneiros para alcançar uma vacina contra a malária.
Há menos de dois anos, a equipa de Miguel Soares descobriu que o glicano α-gal, uma molécula de açúcar que é expressa por componentes bacterianos existentes na microbiota do intestino humano, pode desencadear um mecanismo natural de defesa conferindo uma elevada proteção contra a transmissão de malária.
Agora, a Fundação Bill e Melinda Gates convidou Miguel Soares a usar estas descobertas para ajudar no desenvolvimento de uma vacina contra a malária.
"O nosso objetivo é perceber se esta molécula de açúcar pode ser usada como alvo para a vacina da malária. Usando a plataforma de ensaios da Fundação Bill e Melinda Gates, vamos investigar se anticorpos específicos contra o α-gal conseguem prevenir a transmissão de malária”, explica o investigador Miguel Soares em comunicado de imprensa.