O Governo alargou a zona de proteção das aves selvagens nas Berlengas, ao largo de Peniche. O alargamento foi dado a conhecer através de uma portaria publicada, esta quinta-feira, dia 17 de Maio, em Diário da República.
O decreto-lei vem alterar a zona de proteção, incluindo a partir de agora as áreas de alimentação e repouso da cagarra, uma espécie de ave selvagem que ali habita.
Segundo a Lusa, esta mudança, que decorre também de uma diretiva comunitária, tem como objetivo “assegurar a efetiva salvaguarda dos valores naturais em presença”, nomeadamente as áreas de “importância excecional para a conservação das aves selvagens”.
Classificado em 2011 como Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), o arquipélago das Berlengas é composto por três pequenas ilhas: Berlenga Grande, Estelas e Farilhões.
Nas ilhas nidificam seis espécies de aves marinhas: duas espécies de gaivotas, a cagarra (ou pardela), o corvo-marinho, o airo e o roque-de-castro.
A localização privilegiada do arquipélago contribui para a produtividade e diversidade de espécies e de habitats marinhos, bem como para uma paisagem única na região.