O estudo salienta que a atividade física regular reduz o risco de doenças como a diabetes, problemas cardiovasculares e vários tipos de cancro. E salientam que uma maneira de aumentar a atividade física é ir para o trabalho a pé ou de bicicleta, sendo que estas opções contribuem, também, para reduzir as emissões de poluição.
Mas, nas grandes cidades, há pessoas que receiam andar a pé ou de bicicleta por causa da exposição aos gases poluentes. A fim de contrariar esta ideia, os investigadores usaram simulações computorizadas para comparar dados de várias cidades do mundo quanto a diferentes tipos de atividade física e níveis de poluição do ar.
A média dos resultados sugeriu que, diariamente, os riscos da exposição à poluição só começam a superar os benefícios do exercício após sete horas de ciclismo ou 16 horas de caminhada.
“[O] nosso modelo indica que, em Londres, os benefícios para a saúde de viagem ativa superam sempre os riscos da poluição", diz Marko Tanio, da Universidade de Epidemiologia da Universidade de Cambridge.
Combate à poluição é prioridade
A média global dos níveis urbanos de poluição é de 22 microgramas por metro cúbico, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O mesmo banco de dados da OMS refere que apenas 1% das cidades apresentam níveis de poluição suficiente altos para anularem os benefícios do exercício (depois de meia hora de bicicleta por dia).
Contudo, mesmo em cidades dentro da média, o estudo chama a atenção para situações de risco. “Devemos recordar que uma pequena minoria de trabalhadores nas cidades mais poluídas, como pessoas que usam bicicletas para fazer entregas, podem estar expostos a níveis de poluição suficientemente altos para anular os benefícios da atividade física para a saúde”, salvaguarda Marko Tanio.
Os investigadores concluem que, apesar dos benefícios do exercício físico prevalecerem independentemente da qualidade do ar, o combate à poluição deve permanecer uma prioridade.