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Bebés com apenas alguns meses de idade já demonstram sentido de justiça social. É esta a conclusão de um estudo publicado na revista Proceedings of The National Academy of Sciences (PNAS) e realizado pela University of British Columbia em parceria com a Yale University e a Temple University, nos EUA.
Os cientistas envolvidos na pesquisa afirmam que logo desde os cinco meses as crianças gostam de ver comportamentos maldosos serem punidos e condutas positivas serem premiadas.
Este facto sugere que a perceção do bem e do mal não é, pelo menos totalmente, aprendida, sendo inerente à nossa própria construção enquanto seres humanos.
A equipa de investigadores trabalhou com 100 bebés de três faixas etárias diferentes: cinco meses, oito meses e 19 ou mais meses. O comportamento das crianças foi analisado tendo estas sido colocadas numa situação em que marionetas, durante uma peça, se tratavam bem e mal entre si.
Numa das cenas, explica o diário britânico Daily Mail, um elefante de peluche ajudava um pato a abrir uma caixa, enquanto outro fechava a tampa para o impedir. Depois, dois alces entravam no espetáculo. Um parabenizava e outro repreendia os elefantes consoante o seu comportamento, oferecendo-lhes uma bola ou afastando-a deles.
No final da peça, os bebés eram convidados a escolher um dos alces de peluche: o que puniu o elefante mau ou o que parabenizou o bom. O exercício evidenciou que as crianças tinham preferência pelo alce que castigou o companheiro mal comportado.
Kiley Hamlin, professora de Psicologia que liderou o estudo, explicou que, apesar de tão jovens, os bebés mostram ter desenvolvido sentido de justiça e noção do que é certo e errado.
“Algures entre os cinco e os oito meses, as crianças ganham uma perceção mais clara e a capacidade de interpretar circunstâncias. É difícil argumentar que sejam os pais a ensiná-los que os maus comportamentos devem ser punidos nessa idade”, afirmou Hamlin.
Segundo a especialista, “se os bebés o aprendem, estão a fazê-lo por si próprios, autonomamente, o que indica que existirá uma espécie de sistema inato que propicie essa aprendizagem”.
Veja abaixo as várias fases da experiência:
Clique AQUI para aceder ao estudo publicado na PNAS.