Os cientistas do Instituto Monash de Investigação Médica, na Austrália, estudaram 37 bebés durante o seu sono diurno, sendo que o grupo foi dividido entre os que usavam chupeta e os que não a usavam. A investigação abrangeu recém-nascidos com idades entre as 2 e 4 semanas e os 5 e 6 meses.
Os bebés foram colocados de barriga para baixo durante o sono – posição que revela um maior risco de SMSI – e foram observadas as diferenças entre os dois grupos de recém-nascidos em estudo.
A equipa de investigação descobriu que os bebés que tinham chupeta tinham conseguido aumentar os seus níveis de ritmo cardíaco, uma prova de que o sistema cardiovascular se ajusta aos batimentos em resposta às mudanças na pressão sanguínea. Estes benefícios foram observados em todas as idades estudadas.
A investigadora Rosemay Horne explica ao canal norte-americano ABC Science que, “desde 2005, têm surgido vários estudos que revelam que a chupeta é protetora”, mas que nenhum ainda tinha comprovado os seus benefícios.
Na apresentação pública do estudo, durante o encontro anual das Sociedades Académicas Pediátricas dos EUA, a cientistas mostrou como o uso da chupeta permite ao bebé “controlar” o seu próprio ritmo cardíaco durante o sono.
Outros procedimentos preventivos
O SMSI afeta os recém-nascidos nos primeiros doze meses de vida, sendo que a doença se manifesta pela diminuição do ritmo cardíaco do bebé que, em consequência, leva à falha do próprio sistema cardíaco e à morte da criança.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Pediatria, “a ocorrência de morte súbita é rara no primeiro mês de vida, aumenta até um valor máximo entre os 2 e os 4 meses e cerca de 95% dos casos surgem antes dos 6 meses de idade”.
A informação disponibilizada no site oficial da instituição aconselha o uso da chupeta para dormir, mas salienta que se o bebé rejeitar a chucha não deve ser forçado. Durante a época de amamentação o recém-nascido não deve utilizar chupeta “pois pode prejudicar a adaptação de bebé à mama”.
Alguns dos procedimentos a tomar para evitar o surgimento do SMSI sugerem manter a criança a dormir numa cama de grades até aos dois anos, de barriga para cima, sem ter a cabeça tapada ou estar sobreaquecido.
A Sociedade Portuguesa de Pediatria aconselha a que a criança não durma na cama dos pais por risco de asfixia, a que não se consuma tabaco durante a gravidez e a evitar que a criança esteja exposta a ambientes de fumo, sob risco de aumentar os riscos de morte súbita.
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Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes