A Baixa lisboeta vai acolher, em breve, uma nova escola e jardim de infância. A construção do estabelecimento de ensino, cuja inauguração está prevista para o próximo ano letivo, insere-se nos esforços da autarquia para atrair jovens casais.
A Baixa lisboeta vai acolher, em breve, uma nova escola e jardim de infância. A construção do estabelecimento de ensino, cuja inauguração está prevista para o próximo ano letivo, insere-se num conjunto de esforços da autarquia destinado a atrair jovens casais que desejem viver nos prédios do centro da cidade e dar-lhes uma nova vida.
A escola, localizada numa das alas do que foi o Convento e Tribunal da Boa Hora, no largo com o mesmo nome, à Rua Nova do Almada, terá capacidade para um total de 150 crianças: 100 alunos do ensino básico e 50 meninos e meninas em idade pré-escolar, aos quais se destina o jardim de infância.
De acordo com comunicado da autarquia, o complexo educacional vai ocupar cerca de 20% da extensa área daquele edifício histórico, dividindo-se por três pisos. A escola vai estar equipada com um gabinete médico com sala de isolamento, sala de reuniões para receber os pais, sala para a associação de pais, cozinha e refeitório, sala de professores, entre outros espaços. Porém, o que já existe será preservado, mantendo-se, por exemplo, os azulejos antigos.
Reverter desertificação da Baixa
Na apresentação do projeto, que decorreu no passado dia 13 de Setembro, em que a Câmara assinalou o arranque do ano letivo com a visita a várias escolas melhoradas, o presidente António Costa salientou a importância da construção deste equipamento para levar famílias à Baixa.
Segundo o edil, pela primeira vez em 50 anos, a Baixa tem vindo a inverter o processo de desertificação – os censos mostraram que em 2011, o número de famílias a habitar naquele local da cidade aumentou – e, para que o processo de revitalização se mantenha, são necessários estacionamentos, empregos e espaços como esta escola.
Também Manuel Salgado, vereador e vice-presidente da Câmara, vê com bons olhos este projeto, que classificou como mais “uma peça do puzzle da revitalização da Baixa”. Apesar da crise financeira, Salgado mostrou-se otimista no prosseguimento do processo, já que, só nos últimos dois anos, foram aprovados 320 projetos de renovação de edifícios na zona.