O primeiro centro tecnológico do azeite em Portugal foi instalado em Trás-os-Montes, para modernizar e inovar um setor que, anualmente, gera 30 milhões de euros. A formação dos agricultores é prioritária para as entidades académicas, agrícolas e municipais envolvidas neste projeto.
Representando um investimento de 800 mil euros, o centro tecnológico do azeite reúne sete organizações académicas, agrícolas e os responsáveis autárquicos que, conjuntamente, pretendem valorizar a fileira do azeite, informa o portal Ciência Hoje.
A escolha de Trás-os-Montes foi óbvia: o setor do azeite é o segundo com maior peso económico na região, sendo apenas superado pelo do vinho. Além disso, a qualidade dos azeites transmontanos tem sido premiada a nível internacional, o que faz com que o centro tecnológico tenha como principal função continuar a promover e apoiar a inovação do setor.
“O que estas organizações pretendem é racionalizar a actividade, criar um verdadeiro balcão do agricultor e prestar apoio a nível da inovação”, referiu António Branco, presidente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD), que agrega 37 mil olivicultores e proprietários de 80 mil hectares de olival, responsáveis pela produção média anual de 90 milhões de quilos de azeitona.
Na vertente de formação dos agricultores, a escola agrícola de Carvalhais, em Mirandela, a única pública do género no país, possui um papel fundamental. Além dos cursos que oferece a centenas de jovens alunos, vai passar também a dar formação especializada aos agricultores, avança o portal Ciência Hoje.