O Solar Impulse, avião experimental movido a energia solar, aterrou esta madrugada na capital de Marrocos depois do primeiro voo transcontinental efetuado no mundo por um aparelho deste tipo sem recurso a uma única gosta de combustível.
O Solar Impulse, avião experimental movido a energia solar, aterrou esta madrugada na capital de Marrocos, Rabat, depois de uma viagem de 20 horas que teve início em Madrid. Trata-se do primeiro voo transcontinental efetuado no mundo por um aparelho deste tipo sem recurso a uma única gota de combustível.
“Foi, provavelmente, o voo mais bonito da minha vida. Sonhava voar sem utilizar combustível desde que era uma criança”, disse aos jornalistas o piloto Bertrand Piccard logo depois de abandonar a aeronave, com a satisfação estampada no rosto.
O avião, que tem uma envergadura idêntica à de “monstros” da aviação como o Boeing 777 e o Airbus A340 e cujas asas estão cobertas por 12.000 células solares, tinha chegado a Madrid em Maio após ter cumprido a primeira fase do percurso, que arrancou na Suíça.
Porém, a continuação da viagem foi atrasada por vários dias de mau tempo, que o impediram de seguir até Marrocos na data prevista, já que a aeronave só pode sair da pista quando a meteorologia está a seu favor. Ontem, o objetivo foi finalmente alcançado e o Solar Impulse cumpriu um total de 2.500 quilómetros alimentado pela energia do Sol.
De acordo com Piccard, a escolha daquele país africano como destino deve-se aos planos ambiciosos do seu governo quanto à aposta na energia solar: Marrocos prepara-se para construir uma enorme central solar com para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e até, eventualmente, exportar parte da energia produzida para a Europa.
“Viemos a Rabat devido à nossa admiração pelo programa pioneiro de Marrocos na área da energia solar”, adiantou o piloto, acrescentando que “toda a tecnologia do avião pode ser usada na vida quotidiana”.
Próximo objetivo é dar a volta ao mundo
Embora apenas consiga viajar com tempo soalheiro, o Solar Impulse apresenta uma vantagem face a outros modelos semelhantes graças a um sistema que lhe permite voar de dia e de noite através de baterias que são carregadas quando há sol e armazenam a energia para mais tarde.
Durante o percurso agora efetuado, a aeronave atingiu os 28.000 pés e alcançou velocidades máximas de mais de 120 quilómetros por hora, mais de metade da sua velocidade de cruzeiro habitual.
Esta missão é considerada o “ensaio geral” para uma volta ao mundo que será efetuada pela equipa do Solar Impulse em 2014 com um avião melhorado e que efetuará paragens em cinco locais diferentes do planeta.
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