Um avião de passageiros sem piloto, controlado remotamente a partir do solo, completou, com sucesso, um percurso aéreo de 800 quilómetros. O voo decorreu no âmbito de uma série de testes da multinacional inglesa BAE Systems.
Um avião de passageiros sem piloto, controlado remotamente a partir do solo, completou, com sucesso, um percurso aéreo de 800 quilómetros. O voo decorreu no âmbito de uma série de testes que estão a ser desenvolvidos pela multinacional inglesa BAE Systems, que pretende apurar a eficácia de tecnologia capaz de fazer com que uma aeronave convencional possa voar em segurança de forma autónoma.
A empresa conduziu um teste no espaço aéreo partilhado do Reino Unido – ou seja, o avião voou em simultâneo com outras aeronaves comerciais que se encontravam nas suas rotas normais – em Abril deste ano, mas só agora os detalhes foram revelados.
O voo, que uniu Warton, em Lancashire (inglaterra), a Inverness, na Escócia, está a ser considerado pelos membros da ASTRAEA, consórcio britânico cujo propósito é criar tecnologia que permita aos aviões civis partilhar o espaço aéreo com 'drones', como um marco na história da aviação.
O avião, um Jetstream 31 de 19 lugares, levantou voo com um piloto e vários engenheiros a bordo mas, depois de se encontrar estabilizado no ar, o controlo passou para um piloto que se encontrava em terra até ao momento da aterragem. Além de voar em piloto automático, a aeronave testou, com sucesso, uma tecnologia que lhe permite identificar outros aviões próximos para evitar colisões e manter a distância de segurança.
Michael Fallon, ministro britânico dos negócios e da energia, congratulou-se com os resultados da experiência, que se estendeu ao longo dos últimos meses. “[O programa] ASTRAEA fez progressos significativos, colocando a indústria do Reino Unido numa boa posição a nível global no que toca aos aviões não tripulados e ao desenvolvimento de diretivas para o seu uso civil”, salientou, em comunicado.
Os testes realizados desde Maio do ano passado foram o culminar de uma investigação de sete anos que, segundo os responsáveis do programa, se revestiu de caraterísticas únicas, por analisar a partilha do espaço aéreo entre aviões tripulados e não tripulados “de uma forma integrada, olhando para o lado humano da equação (desde a legislação ao controlo operacional) e não apenas para os desafios técnicos”.
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