A Grainha dos Pauis, foi observada e fotografada na Lagoa do Negro, na ilha Terceira. A ave já não era avistada na Terceira há meio século e o seu regresso justifica a importância daquela região para o acolhimento e preservaç
A Grainha dos Pauis, foi observada e fotografada na Lagoa do Negro, na ilha Terceira. A ave já não era avistada na Terceira há meio século e o seu regresso justifica a importância daquela região para o acolhimento e preservação das diversas espécies de aves. A Grainha dos Pauis é “uma ave originária do Mediterrâneo e Ásia Menor”, explica o investigador Eduardo Dias à agência Lusa.
Ao todo, já foi referenciada uma centena e meia de aves na Lagoa do Negro e, por isso, a região é neste momento palco de um ação experimental de recuperação da biodiversidade, que pode favorecer a “introdução de duas dezenas de espécies endémicas raras”.
“Com esta intervenção espera-se uma diminuição dos impactos negativos e o regresso das grandes máquinas da recriação da biodiversidade, que são as garças, patos, galinholas, narcejas (raras na Europa) e pernaltas”, porque “são estas aves que, com as sementes coladas às penas, pululam de lagoa em lagoa, espalhando e mantendo a biodiversidade, num funcionamento perfeito em rede que é fundamental repor”, sublinha Eduardo Dias.