As ondas de Peniche estão a captar a atenção internacional, dado ao seu elevado potencial para produzir energia. Depois dos finlandeses, agora é a australiana Bombora Wave Power que diz estar preparada para por as ondas portuguesas a gerar energia já
As ondas de Peniche estão a captar a atenção internacional, dado ao seu elevado potencial para produzir energia. Depois dos finlandeses, agora é a australiana Bombora Wave Power que diz estar preparada para por as ondas portuguesas a gerar energia já no início de 2017.
Desde 2007 que a finlandesa AW Energy anda a testar, em Peniche, equipamento submarino para produção de energia. E segundo disse ao Boas Notícias, por email, Mikael Martikainen, responsável de comunicação da AW Energy, a empresa está mesmo "a preparar a instalação de um equipamento de 350 kW em Peniche, dentro de um ano".
Enquanto isso não acontece, surge agora o anúncio de uma outra empresa, australiana, que quer apostar nas ondas de Peniche. A empresa divulgou, esta semana, um estudo detalhado onde valida a viabilidade (em termos de eficácia, custos e ambientais) do projeto para a instalação de uma fábrica de ondas naquela zona costeira de Portugal.
Em vez de mangas, o projeto finlandês da AW Energy funciona com pás de grande dimensão como demonstra a foto acima
Segundo a empresa, o estudo foi financiado pela Australian Renewable Energy Agency (ARENA) e demonstra que, em 2023, o investimento feito já vai conseguir a mesma relação custo/benefícios que se concretiza noutro tipo de estruturas de energia renovável (como a eólica).
A Bombora garante que, em 2017, já vai ter uma fábrica de ondas de 60MW (megawatts) a funcionar em Peniche, instalando 40 aparelhos conversores de energia (umas mangas de cimento com 60 metros de comprimento) ao longo de 2.5km, a cerca de 700 da costa. A eletricidade gerada pelas 40 mangas será encaminhada para a rede elétrica através de cabos subterrâneos, diz a Bombora.
A Bombora garante que a fábrica de ondas não “terá impacto ambiental uma vez que as mangas conversoras de energia vão ser colocadas no solo do oceano, à semelhança das rochas marinhas”. Um contraste com o projeto finlandês que funciona com pás de grande dimensão.
A Bombora garante que a fábrica de ondas não “terá impacto ambiental uma vez que as mangas conversoras de energia vão ser colocadas no solo do oceano, à semelhança das rochas marinhas”.
A empresa está neste momento a angariar financiamento privado na ordem dos 5 milhões de euros para avançar com a primeira fase do projeto.