O grupo português Cork Supply e uma equipa de corticeiros alentejanos foram à Austrália para participar na primeira extração de cortiça de um sobral de 64 árvores, com 43 anos de idade.
O grupo português Cork Supply e uma equipa de corticeiros alentejanos foram à Austrália para participar na primeira extração de cortiça de um sobral com 43 anos de idade.
As técnicas de descortiçamento portuguesas foram aplicadas em 64 árvores da Barossa Valley, a maior região de produção de vinhos do país e um dos destinos mais procurados para turismo vinícola a nível mundial.
Ao longo de quatro dias, os portugueses ajudaram a extrair a cortiça de todos os sobreiros da adega Orlando Wines que apresentavam “excelente vigor e sanidade vegetativa”. As árvores tiveram de ser previamente irrigadas para facilitar a extração da cortiça, tendo em conta o período seco do ano que se vive naquele país.
“A operação acabou por revelar uma cortiça de qualidade superior, demonstrando que o sobreiro português encontra boas condições de vegetação e produção nesta região”, explica a direção da Cork Supply em comunicado enviado ao Boas Notícias.
“Dentro de 9 anos, a cortiça volta a ser retirada para dar início à produção das primeiras rolhas de cortiça australianas, um facto histórico que marcará para sempre o futuro daquela região que hoje ocupa o 7º lugar na produção mundial de vinho”, acrescenta.
As 64 árvores foram plantadas em 1970 em três locais distinto da Barossa Valley, com o intuito de tornar a Orlando Wines a única produtora no mundo de rolhas para os seus próprios vinhos. A espera de 43 anos para a extração teve em conta o tempo necessário para a produção de cortiça de qualidade.
A Cork Supply diz ainda, no mesmo comunicado, que a iniciativa de descortiçamento “suscitou grande interesse por parte da comunidade local e da família viticultora de Barossa Valley, uma das melhores regiões produtoras de vinhos de qualidade na Austrália”.