Os ministros de ambiente dos 15 países esperam agora obter o reconhecimento das seis áreas pelas Nações Unidas, EUA e Canadá, no outro lado do Atlântico.
“É um passo histórico”, afirma o ministro do ambiente norueguês Erik Solheim. “Iremos tentar inspirar outras nações a fazer o mesmo no oceano Índico, Pacífico e outros”, garante.
“Vai dar outro nível de proteção às espécies que vivem no meio do Atlântico”, indicou o mesmo responsável referindo-se a espécies como baleias, tubarões, raias, e corais de água fria.
As seis zonas cobrem um total de 285 mil quilómetros, uma área equivalente ao tamanho de Itália, situados maioritariamente a norte dos Açores e a oeste de Irlanda.
A única outra área marinha protegida em alto mar fica a 80 mil quilómetros da Antárctida a que junta agora esta rede pioneira.
O secretário de estado do ambiente português Humberto Rosa mencionou que “somos um país muito dependente da pesca” mas acredita que “as áreas marinhas protegidas serão benéficas” para a atividade.
A Islândia foi um dos países que rejeitou aderir a esta rede. “Estamos contentes por ter seis áreas marinhas protegidas livres de jurisdições nacionais” afirma Stefan Lutter do grupo WWF – World Wildlife Fund, realçando o seu desapontamento pela zona da Islândia ter sido deixada de fora.
Os 15 países que tomaram a decisão reunidos em Bergen – Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido e União Europeia – informaram que pretendem rever as regras para novas licenças de exploração de petróleo e gás natural a grandes profundidades.
A proteção implicará proibições à pesca, exploração petrolífera no fundo do mar e possíveis restrições à circulação de navios.