Com a ajuda de um computador pessoal vulgar, Felix Pharand tem recolhido, ao longo de 13 anos, dados de agências norte-americanas como a Geospatial Intelligence Agency e a Atmospheric Administration. Depois, sobrepõe esses dados com imagens noturnas das cidades, vistas do espaço. Assim, o antropólogo cria ilustrações precisas sobre a forma como o Homem tem “domesticado” a Terra.
“Comecei a recolher informações de diversas fontes e a procurar formas de as combinar entre si”, contou ao Mail Online. “Já vimos imagens semelhantes em filmes como a Guerra das Estrelas ou Avatar, mas eu nunca vi imagens verdadeiras do nosso planeta dentro deste género e pensei: porque não tentar fazer algumas?”, explicou Pharand.
Então, o antropólogo aprendeu design para comunicar as suas ideias de forma mais eficaz e empenhou-se na criação das imagens dos planetas que estamos habituados a ver em filmes de ficção científica utilizando dados reais do nosso mundo. Porém, as representações não são à escala, uma vez que os cabos elétricos não podem ser vistos do espaço.
Os cordões prateados que envolvem o globo terrestre, apenas iluminado pelas luzes urbanas, criam uma teia que demonstra de que modo a influência humana se tem estendido por todo o mundo. Entre as descobertas que fez, Pharand destaca o facto de 3% da superfície terrestre – o correspondente a uma área do tamanho da índia – estar coberta por alcatrão.
De acordo com Felix Pharand, “a civilização atual é resultado do trabalho de biliões de pessoas ao longo da História. Foi conseguida através de muito esforço, avanços e retrocessos, como guerras, invenções, crises e mudanças sociais e tecnológicas.” Para o antropólogo, tudo isso contribuirá para fazer prevalecer a herança da espécie humana.
Pharand, que também é diretor de um grupo ambiental denominado Globaia, espera que estas imagens sejam uma ferramenta para consciencializar os cidadãos quanto ao impacto que o grande desenvolvido tecnológico tem vindo a produzir no planeta.
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