Um projeto de uma aluna portuguesa sobre plataformas ajardinadas para cobertura de edifícios acaba de ser distinguido nos Estados Unidos da América no âmbito de uma iniciativa promovida pela NASA, a ESA e o Centro para a Prevenção da Poluição.
Um projeto de uma aluna portuguesa sobre plataformas ajardinadas para cobertura de edifícios acaba de ser distinguido nos Estados Unidos da América. A distinção aconteceu durante uma sessão de apresentação de projetos que decorreu a semana passada em Maryland e que foi promovida pela Agência Aeroespacial Norte-Americana (NASA), a Agência Espacial Europeia (ESA) e o Centro para a Prevenção da Poluição (C3P).
A jovem Maria Manso, aluna de doutoramento em Engenharia Civil da Universidade da Beira Interior (UBI), foi convidada pela organização para apresentar o seu projeto durante a iniciativ,a dedicada às temáticas do ambiente, energias alternativas e sustentabilidade da exploração espacial.
A estudante portuguesa acabou por ser distinguida com o segundo lugar no prémio para melhor apresentação após dar a conhecer o seu projeto de sistema modular para superfícies vegetais. Trata-se de um “sistema por módulos” em que as peças se encaixam e em que a superfície de cada uma está coberta de espécies vegetais, permitindo a colocação, por exemplo, em fachadas ou telhados de edifícios.
Segundo os esclarecimentos dados pela investigadora à agência Lusa, o objetivo do sistema é tornar as superfícies mais amigas do ambiente. Além disso, os próprios módulos são ecológicos, já que Maria Manso está a desenvolver a sua base “a partir da reutilização de lamas residuais das Minas da Panasqueira, entre outros materiais industriais” obtidos a partir de processos de reciclagem e que podem ser também “alternativas ao betão”.
O trabalho da jovem está integrado num projeto mais amplo, o Geogreen, que envolve a unidade de investigação C-Made, da UBI, sob orientação de João Castro Gomes, professor catedrático do Departamento de Engenharia Civil.
A investigação está a ser feita em parceria com a Escola Superior Agrária do Politécnico Castelo Branco, que testa diferentes espécies vegetais para aplicação nos módulos, de acordo com o clima da instalação, acrescentou Maria Manso.
A presença da investigadora na sessão da NASA teve o apoio de uma bolsa da Fundação Luso-Americana (FLAD).