O ácido retinóico - um químico feito a partir da vitamina A que pode ser obtido através de alimentos como as cenouras ou os vegetais verdes folhosos - pode ser uma boa arma contra o cancro da próstata, evitando a sua progressão e aparecimento.
O ácido retinóico – um químico feito a partir da vitamina A que pode ser obtido através de alimentos como as cenouras ou os vegetais verdes folhosos – pode ser uma boa arma contra o cancro da próstata, evitando a sua progressão e ajudando a prevenir o seu aparecimento. A conclusão é de uma equipa de investigadores britânicos e foi apresentada recentemente.
De acordo com os especialistas da Universidade de York, em Inglaterra, este ácido é capaz de voltar a “ligar” genes específicos presentes nas células estaminais com cancro da próstata, diminuindo a capacidade da doença de invadir os tecidos mais próximos.
A investigação mais recente dos cientistas ingleses sugere, portanto, que os compostos de vitamina A têm potencial para ser utilizados na melhoria dos tratamentos clínicos para este tipo de cancro que, só no Reino Unido, é diagnosticado anualmente a cerca de 41.000 homens e é responsável pela morte de mais de 10.000 por ano.
Químico ajuda a tornar a doença mais “tratável”
“O cancro surge porque as células saudáveis vão 'pelo caminho errado'. Como alguns 'interruptores' são desligados, a doença tem espaço para progredir. Por exemplo, as células normais ganham a capacidade de crescer e invadir os tecidos circundantes”, explica Norman Maitland, principa autor do estudo e investigador do Yorkshire Cancer Research, em comunicado.
“Descobrimos que há genes 'gémeos' específicos que são desligados nas células afetadas pelo cancro da próstata maligno. Quando voltamos a ligá-los com recurso ao ácido retinóico, o cancro torna-se menos agressivo”, esclarece o especialista, que acrescenta que este químico já tem sido utilizado noutro tipo de cancro – a leucemia promielocítica aguda -, aumentando substancialmente a esperança de vida.
De acordo com Maitland, no que toca ao cancro da próstata, este trabalho surgere “que o ácido retinóico não precisaria de matar as células estaminais da doença, convertendo-as, em vez disso, para uma forma mais tratável”.
Embora, há muitos anos, os cientistas saibam que a baixa concentração de vitamina A no sangue dos homens está associada ao cancro da próstata, os mecanismos por trás dessa realidade estavam ainda por compreender. Portanto, “este é um desenvolvimento entusiasmante, que relaciona um elemento da nossa dieta com as células do cancro da próstata”, conclui o especialista.
Clique AQUI para aceder ao estudo completo (em inglês).