Negócios e Empreendorismo

Algarve vai produzir caviar de esturjão

Um biólogo, um perito em aquacultura e um empresário 'gourmet' vão começar a produzir ovas de esturjão já a partir do final deste ano, no Algarve.
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A partir de 2015 vai estar disponível no mercado um caviar com selo português. O projeto inédito da Universidade do Algarve pretende criar uma unidade de cultivo de esturjão ainda este ano e tornar Portugal num produtor desta iguaria apreciada por todo o mundo.
 
Até ao final de 2013 está prevista a instalação de uma unidade de produção de esturjão, peixe cujas ovas dão origem ao caviar. Os responsáveis pelo projeto estimam que ao fim de quatro anos o produto possa começar a ser distribuído pelos comerciantes portugueses.
 
A ideia surgiu na mente de Valery Afilov, um ucraniano perito em aquacultura que vive em Portugal há uma década, e foi desenvolvida em conjunto com um biólogo e de um empresário gourmet portugueses.
 
O projeto foi distinguido no concurso Ideias em Caixa, evento organizado pelo Centro Regional para a Inovação do Algarve e pela Caixa Geral de Depósitos que pretende promover o empreendedorismo e a formação de novas empresas e negócios em Portugal.
 
O biólogo Paulo Pedro explicou à agência Lusa que “no seu ambiente natural, com temperaturas negativas, os esturjões podem demorar 20 anos até atingir a sua maturação sexual mas no Algarve, devido à temperatura amena, o seu crescimento pode ser muito mais rápido”.
 
Um quilo de caviar esturjão beluga, um das quatro espécies que demora mais tempo a produzir ovas, pode custar entre 1.000 e 5.000 euros. Os empresários esperam estar a produzir em 2016 entre 600 a 700 quilos de caviar por ano.
 
“O grande objetivo é que o produto seja consumido em Portugal mas se assim não o for não estamos muito preocupados porque neste momento existe noutros países uma lista de espera enorme”, explicou o biólogo Paulo Pedro.
 
Numa segunda fase do projeto, os três empreendedores pretende também produzir esturjão atlântico, peixe que se extinguiu em Portugal na década de 1980, de forma a poder repovoar estuários como os do rios Guadiana e do Arade, no Algarve.
 
[Notícia sugerida por Lídia Dinis]

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