Há uma procura cada vez maior de cidadãos nórdicos no Algarve. Quem o diz é Peter Morawetz, advogado sueco radicado há dois anos em Portugal, que aponta o golfe, o clima ameno, a hospitalidade e o regime fiscal mais favorável que ali se podem encontr
Há uma procura cada vez maior de cidadãos nórdicos no Algarve. Quem o diz é Peter Morawetz, advogado sueco radicado há dois anos em Portugal, que aponta o golfe, o clima ameno, a hospitalidade e o regime fiscal mais favorável que ali se podem encontrar como principais pontos atrativos.
O imigrante trabalha para um escritório de advogados português e conta que o número de cidadãos suecos que procuram o país para fazer os seus investimentos ou para residir tem vindo a aumentar. A tendência levou, inclusive, à abertura de um escritório em Tavira, por forma a dar resposta a esse aumento.
“Os suecos escolhem Portugal por causa do clima, que é uma das coisas mais valorizadas, mas também para jogar golfe”, explica à Lusa. “Além disso, os portugueses são muito hospitaleiros e o nível de vida é mais barato, assim como o regime fiscal é mais vantajoso do que na Suécia.
Por forma a servir de ponte com os clientes suecos que procuram ser representados em Portugal – para tratar de questões relacionadas com autorizações de residência, aquisição de propriedades ou outros negócios -, Peter mudou-se para Portugal em Janeiro de 2012.
Hoje, diz ter “clientes normais, que vêm morar para cá, e clientes de empresas que querem fazer negócios com propriedades ou com outros tipos de transações”. Adianta que o aumento que se tem verificado é “difícil de contabilizar”, mas que é tão sentido no Algarve, como na região de Lisboa.
O fenómeno é corroborado por Jorge Botelho, presidente da Câmara de Tavira, que confirmou que aquele concelho algarvio tem vindo a receber cada vez mais cidadãos nórdicos, sobretudo suecos e noruegueses.
“Em Tavira, já temos uma comunidade muito expressiva de noruegueses, na freguesia de Santo Estevão, que, inclusive, têm vindo a comprar casas e a interagir muitíssimo bem com a freguesia”, conta. “É gente que gosta da sua tranquilidade e sossego”.
Segundo o autarca, que tem vindo a acompanhar essa evolução, nos últimos três ou quatro anos tem-se assistido ao “aumento do número de comunidades nórdicas, nomeadamente norugueses, suecos e alguns dinamarqueses, que têm vindo para Tavira, sobretudo no Inverno, pelo lazer e pelo golfe”.
“Para isso arrendam propriedades, ficam em apartamentos e durante dois ou três meses ficam cá em permanência”, afirma, acrescentando que algumas famílias, após a segunda ou terceira visita, começam a procurar espaços para investir.