Foi descoberta uma sepultura com cerca de 8.000 anos no sítio arqueológico das Poças de S. Bento, em Alcácer do Sal. O feito é de uma equipa de investigadores da Universidade de Lisboa e da Universidade de Cantábria que está a fazer escavações no loc
Foi descoberta uma sepultura com cerca de 8.000 anos no sítio arqueológico das Poças de S. Bento, em Alcácer do Sal. O feito foi conseguido por uma equipa de investigadores da Universidade de Lisboa e da Universidade de Cantábria que está a fazer escavações no local.
Em comunicado, a Universidade de Lisboa avança que a sepultura pertence ao período Mesolítico, tendo sido identificada esta semana. A equipa de arquiólogos acredita que a mesma corresponde a uma “mulher jovem, depositada sobre as costas, com as pernas fortemente fletidas”.
O esqueleto humano encontra-se em “bom estado de conservação” e irá agora para laboratório, onde serão feitas várias análises ao ADN e aos “isótopos estáveis de carbono e nitrogénio presentes nos ossos”. Serão ainda realizados testes de “datação de Carbono 14” e estudos paleopatológicos.
A maior parte dos exames será feita nos laboratórios das Universidades de Lisboa, Oxford e Cantábria e no Instituto Max-Planck, de Leipzig.
A equipa de arqueólogos acredita que “esta descoberta permitirá obter informação detalhada não só acerca do comportamento funerário destes grupos, como também das suas atividades rituais”.
As escavações onde foi localizada a sepultura estão a ser dirigidas pelos professores Pablo Arias, da Universidade da Cantábria, e Mariana Diniz, da Universidade de Lisboa e inserem-se no projeto arqueológico SADO-MESO, “orientado para a revisão sistemática do Mesolítico e Neolítico do Vale do Sado”.
Relembre-se que, há dois anos, foi também aqui descoberta a sepultura mais antiga de um cão existente no sul da Europa. Na altura, o Boas Notícias avançou que esta mesma equipa de arqueólogos encontrou a sepultura canina coberta de conchas, também ela datada de há oito milénios.