Em declarações à Lusa no início de Dezembro, o gestor do Plano Nacional de Eco pistas da Rede Ferroviária Nacional (REFER), Luís Manuel Silvestre, explicou que o plano pretende potenciar o Alentejo como região ideal para a prática do cicloturismo.
Assim, os cerca de 260 quilómetros de troços herdados da CP – Comboios de Portugal serão adaptados, requalificando-se e reutilizando-se “antigos corredores ferroviários, com o objetivo de preservar estes pilares da mobilidade”, explicou o responsável.
Às linhas desativadas serão adicionadas “estradas de baixa densidade de tráfego” e outras “rotas pedestres”, criando-se uma rede pedestre e uma ciclovia, que se pode constituir como um atrativo para o setor do turismo.
“O turismo de natureza tem um alcance imenso junto de determinado tipo de nichos de mercado”, sendo projetos destes “muito interessantes” em termos turísticos, defendeu António Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, a propósito da criação das ecopistas.
De acordo com a REFER, na região Sul do país já existem ecopistas no antigo ramal de Montemor-o-Novo, com cerca de 13 quilómetros, e em grande parte do antigo ramal de Mora, entre Évora e Mora, numa extensão de cerca de 60 quilómetros.
Esta ação integra-se no Plano Nacional de Ecopistas da REFER, lançado em 2001, que visa requalificar e reutilizar as linhas e canais ferroviários desativados das áreas do Norte, Centro e Alentejo.
[Notícia sugerida por Alexandra Maciel]