Apesar das dificuldades que o teatro independente enfrenta em Portugal, onde os apoios financeiros são magros e intermitentes
O grupo foi fundado em Abril de 1976 por Maria do Céu Guerra e pelo cenógrafo Mário Alberto, mais um “grupo de amigos que simplesmente queriam fazer teatro”, explicou Maria do Céu Guerra numa entrevista publicada no site da Sociedade Portuguesa de Autores.
Entretanto, A Barraca cresceu, viajou, tornou-se adulta. Recebeu prémios, muitos, nacionais e internacionais. E prosseguiu a sua itinerância, por território nacional, por Espanha, pelo Brasil, por Moçambique… Estreitando laços com outras paragens, lusófonas ou não.
Este ano, depois de alguns desafios financeiros, o grupo foi considerado Instituição de Utilidade Pública, permitindo que os seus amigos e seguidores apoiem a companhia disponibilizando 0.5 por cento dos seus impostos.
“A Barraca ultrapassou a barreira dos 33 anos. Pronto! Agora já não morre”, diz Maria do Céu Guerra no Facebook do grupo de teatro.
Neste momento A Barraca tem em cena A Balada da Margem Sul, de Hélder Costa, uma peça sobre conflitos entre a população da margem sul do Tejo, gerados pelo desemprego e encerramento de unidades industriais. A peça está em cena no espaço oficial d’A Barraca, o TeatroCinearte, em Santos, Lisboa, de 5ª a domingo.