De acordo com a Lusa, as histórias destes meninos sensibilizaram três jovens portuguesas que passados alguns meses depois criaram a associação Eu e os Meus Irmãos. Desde junho do ano passado têm vindo a trabalhar com a Mahlahle, promovendo o apadrinhamento em Portugal.
“O impacto foi tão grande que agora temos cerca de cem padrinhos”, explicou à Lusa Olga Macupulane, feliz pelos “muitos aspetos positivos” e pela “viragem da noite para o dia” que a reportagem trouxe.
Os 26,5 euros atribuídos a cada criança chegam, “infalivelmente”, todos os meses à organização e depois aos meninos, que às vezes recebem também brinquedos, roupa e medicamentos dados pelos padrinhos.
O contato com os afilhados é mantido por telefone, fotografias ou cartas, servindo o dinheiro para comprar produtos alimentares, de higiene, material escolar, ficando uma parte para os “imprevistos”, explica a coordenadora.
As funções de ambas as entidades estão bem delineadas: enquanto a portuguesa providencia os fundos, a moçambicana tem a responsabilidade de ajudar social e afetivamente as crianças, através de grupos comunitários de mulheres, preparados para tal.
Em 2011, a associação Eu e os Meus Irmãos acredita que irá conseguir aumentar mais o número de filiados, conforme conta Olga Macupulane, que tem outras 300 crianças em condições de serem apadrinhadas.
A Mahlahle está presente em 13 distritos e para além de prosseguir com os projetos de capacitação da mulher vai continuar a procurar fundos para construir mais um centro na Maxixe, com o apoio da associação portuguesa.
Leia AQUI a entrevista do Boas Notícias a uma das fundadores da associação.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]