O Prémio Empreendedor Imigrante 2010 da Plataforma Imigração distinguiu na passada semana duas imigrantes: Ana Pérez, natural da venezuelana a viver em Portugal há 12 anos que fundou um coro gregoriano em Penafiel, e Leila Sadeghi, iraniana a viver e
O Prémio Empreendedor Imigrante 2010 da Plataforma Imigração distinguiu na passada semana duas imigrantes: Ana Pérez, natural da venezuelana a viver em Portugal há 12 anos que fundou um coro gregoriano em Penafiel, e Leila Sadeghi, iraniana a viver em Portugal há cinco anos, que abriu um Instituto de beleza onde aplica técnicas orientais para tornar as mulheres mais bonitas. As duas mulheres partilham o prémio que pretende distinguir o “imigrante que tenha revelado maior empreendedorismo e responsabilidade social, e que seja simultaneamente um exemplo de integração proativa e inovadora”, conforme anuncia a Plataforma em comunicado.
Este foi o caso de Leila Sadeghi, licenciada em Literatura Inglesa no Irão. Ao mesmo tempo fez vários cursos de maquilhagem, caraterização e face styling, áreas que a apaixonam e que a levaram a abrir o seu primeiro instituto de beleza em Coimbra onde pôde desenvolver essas técnicas inexistentes ou muito raras no mercado português.
Hoje tem um segundo centro e pretende lançar uma loja de produtos de beleza orientais online. Nos tempos livres, oferece os seus serviços a idosas do Centro de Dia de Penacova, e oferece 10% dos seus rendimentos a instituições de solidariedade, como a UNICEF ou a SOL.
“Fiquei muito contente com este prémio, ainda para mais num país estrangeiro. É um sinal que dão valor ao nosso trabalho e valorizam o conhecimento e o trabalho de cidadãos estrangeiros”, disse à agência Lusa a premiada que veio para Portugal acompanhar o marido que se doutorou recentemente em engenharia robótica na Universidade de Coimbra.
Ana Pérez: aliar a música à solidariedade
Ana Pérez, licenciada em Direcção Coral Infantil e em Semiologia e Paleografia do Canto Gregoriano, fundou o Coro Gregoriano de Penafiel e o Coro da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, que dirigiu durante três anos em regime de voluntariado.
Tem desenvolvido diversos projetos que cruzam a música com a solidariedade social como o “Música a Brincar” e “Porto de Orfeu”, uma iniciativa levada a cabo em duas instituições para pessoas portadoras de deficiência, em Paços de Ferreira e Penafiel.
Foi mentora de várias acções para a generalização do ensino da Música no Porto. É ainda coordenadora do projeto da Casa da Música “A Orquestra vai à Escola” e criou a empresa Plano Utópico, para gestão e consolidação de projetos educativos na área da música.
A Plataforma para a Imigração distinguiu ainda com o Prémio de Melhores Práticas Autárquicas 2010 a Câmara Municipal de Valongo pelo projeto “Valorizar a Diferença”.
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