Uma organização não governamental (ONG) britânica está a oferecer cursos para voluntários que queiram ser especialistas em primeiros socorros de mamíferos marinhos, noticia a BBC. O encalhamento destes animais regista-se um aumento de 25%, em todo o
Uma organização não governamental (ONG) britânica está a oferecer cursos para voluntários que queiram ser especialistas em primeiros socorros de mamíferos marinhos, noticia a BBC. O encalhamento destes animais regista-se um aumento de 25%, em todo o mundo, nos últimos anos.Atualmente, a ONG British Divers Marine Life Rescue (BDMLR) emprega e dá formação a cerca de 2.500 especialistas que se encontram destacados em vários pontos do país. Esta ONG tem um número de emergência para salvar mamíferos marinhos como golfinhos e baleias encalhados que funciona 24 horas por dia.
Segundo os especialistas, o número de encalhamentos de mamíferos no país tem aumentado e atualmente chega a 500 por ano.
Em setembro, o diretor da BDMLR, o biólogo Alan Knight, viajou por terra, água e ar para salvar uma baleia corcunda que corria risco de vida porque sua cauda tinha ficado presa numa corda, nas ilhas Shetlands, na costa da Escócia. A baleia acabou por partir a corda e poderá ter seguido em liberdade ou ter-se afogado.
Outro resgate que emocionou os britânicos ocorreu em 2006, quando a BDMLR participou na operação de salvamento de uma baleia que ficou encalhada numa passagem do rio Tâmisa, que atravessa Londres. Infelizmente, a baleia (da espécie Hyperoodon ampullatus) acabou por falecer.
Porém, em entrevista à BBC, Alan Knight afirma que ele e sua equipa aprenderam lições valiosas com a experiência. “Estudos de patologia nessa e noutras baleias que morreram durante resgates ajudaram-nos a entender o que acontece quando as baleias encalham na praia”, disse o biólogo.
Novos procedimentos de salvamento
“Como resultado, nós mudamos nossos procedimentos”, sublinha. Segundo Knight, quando os músculos da baleia se rompem, ocorre a liberação de uma substância chamada mioglobina que bloqueia o funcionamento dos rins do animal, contribuindo para a sua morte.
“Hoje em dia sabemos que, para evitar o sofrimento do animal, devemos fazê-lo dormir antes de tentar resgatá-lo”.
Estudos feitos por especialistas em todo o mundo mostram que as baleias, assim como outros cetáceos, estão sob crescente ameaça por atividades humanas. Em todo o mundo regista-se um aumento de 25% no número de encalhamentos nos últimos anos.
Entre os perigos, estão redes de pesca lançadas por navios pesqueiros, choques entre barcos e animais e substâncias poluentes que enfraquecem sua imunidade.