Publicou a primeira carta da qualidade para o e-learning em Portugal, envolvendo profissionais e organizações num processo de inovação aberta, disponibilizando à sociedade um instrumento flexível e adaptável para empresas e universidades (ver mais www.panoramaelearning.pt). Focado no ensino superior entre 2015 e 2016, o observatório tem analisado a evolução do setor.
O boom MOOC (Massive open online courses) gerou grandes ondas de mudança no mundo educativo, acabando por chegar a Portugal sob a forma de iniciativas universitárias e empresariais renovando o velho e-learning. A oferta de cursos online em plataformas e-learning multiplicou-se a partir de 2014. Os modelos de negócio diversificaram-se e vão desde a venda de e-book e materiais para autoestudo, aos cursos de especialização moderados por formadores e tutores.
As Instituições de Ensino Superior de base presencial, usam as plataformas e-learning para cursos de formação contínua online (ver o Projeto de Ensino a Distância da Universidade do Minho http://cursosonline.uminho.pt), continuando a usar as plataformas como repositórios de materiais educativos para ofertas conferentes de grau (complemento a aulas). Há crescente oferta de cursos de especialização e mestrado em b-learning. Os MOOC também já “contaminaram” as Universidades Portuguesas, a Aberta, Coimbra, os Politécnicos do Porto e de Leiria, o Instituto Superior Técnico, a Universidade do Porto (ver mais em https://elearning.up.pt/mooc/).
Há iniciativas coletivas que visam a internacionalização através do ensino a distância, que fazem adivinhar saltos mais rápidos até 2020. É o caso da Universidade de Coimbra que com a Universidade Aberta fez uma parceria para oferta de cursos a distância ao nível de licenciatura, mestrado e doutoramento, ou o caso do Consórcio UNorte.pt criado pelas Universidades do Porto (UPorto), do Minho (UMinho) e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) num trabalho estratégico articulado que inclui uma aposta clara no domínio do ensino a distância.
Ao nível do Superior deve sublinhar-se no entanto, que a inexistência de legislação específica, que enquadre o ensino a distância, tem travado o seu desenvolvimento nas ofertas conferentes de grau, sendo um espartilho ao desenvolvimento e à Internacionalização das Universidades.
O panorama da tecnologia educativa é animador, os dispositivos de acesso à internet têm cada vez mais autonomia, atingiu-se um grau de maturidade das tecnologias e das pedagogias, há largura de banda, recorre-se ao visual, ao vídeo, ao áudio, ao professor no tempo real e diferido. O mercado de aplicações inteligentes cresce (e desaparece, ver http://teachonline.ca/tools-trends/exploring-future-education/uber-u-already-here), há modelos de negócio cada vez mais inovadores. Vêm aí tempos vibrantes que exigem profissionais e-learning ágeis e eficientes.
Os cursos online são sujeitos à lei da oferta e da procura, a regulação é pouco evidente, pelo que a qualidade da oferta e da marca são fatores distintivos. Nas grandes empresas Portuguesas recorre-se ao e-learning para formar rapidamente grande quantidade de pessoas dispersas pelo mundo, seja através de materiais formativos disponíveis em intranet, ou através de webinars, salas virtuais, whatsapp, etc.
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