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Cortiça viaja para Marte

Engenharia portuguesa pretende que as amostras de Marte cheguem intactas à Terra
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O ISQ está envolvido num novo projeto para a exploração de Marte. Trata-se de um projeto  desenvolvido para a Agência Espacial Europeia (ESA), coordenado pela Amorim, que conta com a participação do ISQ, do PIEP e da Critical Materials.

O objetivo das duas missões, Mars Sample Return (NASA e ESA) e Phootprint- Phobos Sample Return (ESA), é o de enviar sondas para Marte, recolher o rególito marciano e de seguida transportá-lo para o planeta Terra.

O projeto desenvolvido por este conjunto de entidades portuguesas teve como objetivo o desenvolvimento de um sistema de escudo de proteção térmica e amortecimento de choques na aterragem a incorporar nas 2 missões referidas anteriormente.

Este projeto foi composto por diversas fases: a Engenharia, a construção e testes do demonstrador do escudo de proteção térmica e amortecimento de choques na aterragem.

A Amorim, líder do projeto, construiu o demonstrador, enquanto a Critical Materials procedeu ao desenvolvimento da engenharia. O ISQ e a PIEP ficaram encarregues dos testes de desenvolvimento, sendo que o ISQ ficou também responsável pelos testes de validação final do demonstrador, executados nas suas instalações de Castelo Branco.

Durante a fase de desenvolvimento tecnológico do sistema foram realizados ensaios mecânicos, ensaios de condutividade térmica, de calor específico, de impacto e de caracterização de materiais. Este sistema será colocado num veículo que trará amostras de Marte para a Terra.  O objetivo é conseguir que essas amostras oriundas de Marte cheguem intactas à Terra.

Na fase de validação final foi realizado um ensaio de impacto, onde foi simulada a aterragem da sonda. O projeto atingiu os objetivos planeados, embora seja um projeto a longo prazo.

Estamos perante uma solução de engenharia portuguesa, que exigiu mais de 2 anos de trabalho e um investimento de 400 mil euros, com a mais-valia de ser uma solução mais leve, mais simples, 25% abaixo do peso máximo exigido.

De realçar que nos últimos dez anos o ISQ investiu mais de 55 M€ em projectos nacionais e europeus de I&D em diferentes áreas, incluindo a aeroespacial e aeronáutica, tendo participado em vários projectos em parceria com organizações como a EADS (European Aeronautic Defence and Space Company), Rolls-Royce, MTU, Nasa e Agusta Westlande Airbus.

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