No encerramento da segunda etapa de 2017 do Red Bull Cliff Diving World Series a festa foi latino-americana. O desfecho das finais disputadas no ilhéu de Vila Franca do Campo, nos Açores, não podia ter sido mais inesperado, com a primeira vitória no circuito para a mexicana Adriana Jimenez e o regresso ao topo de uma lenda da modalidade – o colombiano Orlando Duque, que não vencia há quatro anos. A competição tem desde já a sua continuidade assegurada para 2018, no mesmo cenário de sempre.
A segunda etapa desde ano do calendário do Red Bull Cliff Diving World Series proporcionou a 22 atletas de nove países uma experiência em condições próximas da perfeição. Durante todo o fim de semana (8 e 9 de julho), o vento fraco e a ondulação suave garantiram um espetáculo único, com manobras de cortar a respiração a partir de alturas de 21 e 27 metros.
Os verdadeiros protagonistas
A jornada foi rica em surpresas e muito animada do ponto de vista desportivo, com os campeões em título – Gary Hunt e Rhiannan Iffland – a começarem no fim da tabela para logo de seguida empreenderem um louvável esforço até aos lugares cimeiros. No entanto, os verdadeiros protagonistas tiveram motivos ainda mais fortes para celebrar – a começar pelo veterano Orlando Duque, que subiu ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez desde 2013.
O colombiano de 42 anos, considerado o grande embaixador desde desporto nascido há 250 anos no Havai, venceu assim pela primeira vez nos Açores: “Competi em todas as etapas disputadas neste incrível cenário, mas faltava-me uma vitória. Finalmente consegui lá chegar! É um resultado que me motiva muito, inclusivamente a acreditar que posso chegar outra vez a um título que já venci em 2009”. Os lugares de honra foram encerrados, respetivamente, pelo norte-americano Steven LoBue e pelo britânico Gary Hunt. Este último mantém a liderança do ranking do Red Bull Cliff Diving World Series 2017, com uma escassa vantagem sobre Duque.
Os resultados também foram inesperados nos femininos, com a mexicana Adriana Jimenez a conquistar a primeira vitória da sua carreira no circuito mundial: “Estou sem palavras e muito grata por aquilo que alcancei aqui hoje. Ainda estou a recuperar de uma lesão que contrai na última etapa, não esperava ir tão longe”. O pódio ficou completo com a australiana Helena Merten e a alemã Anna Bader. Já no que respeita às contas do título, a australiana Rhiannan Iffland mantém-se no comando.
Marta Guerreiro, Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo do Governo dos Açores, confirmou no encerramento da etapa a continuidade da competição por terras açorianas em 2018.
A ação das finais foi transmitida em direto na Red Bull TV, podendo agora ser revista AQUI
Créditos das imagens: DT_Dean Treml/Red Bull Content Pool