por redação
O primeiro dia no recinto foi a quinta-feira mais concorrida de todas as edições do festival com 27 mil pessoas, que na sexta-feira chegaram às 30 mil, num dia que teve, pela primeira vez, as entradas esgotadas, sendo que sábado contaram-se cerca de 29 mil pessoas com mais de 50 nacionalidades.
Uma das poucas atuações de apresentação de “22, A Million” na Europa, do americano Bon Iver, emergiu como o momento mais marcante desta edição, enquanto a comunhão do público com Run The Jewels e a dupla francesa Justice foram outros dos momentos que permanecerão gravados em letras douradas na história da NOS Primavera Sound. A lista estende-se graças ao elevado nível das actuações programadas nos quatros palcos do recinto, como a performance-maratona de Swans, a electrónica dançante de Richie Hawtin e do seu novo espectáculo audiovisual CLOSE, o rock psicadelico de King Gizzard & The Lizard Wizard, a revisita aos clássicos de Teenage Fanclub ou a confirmação de Cigarettes After Sex como um dos projectos mais empolgantes dos dias de hoje.
Durante os dois primeiros dias, o Parque da Cidade recebeu uma programação diversificada: desde o neo country de Nikki Lane, a energia de Cymbals Eat Guitars até à electrónica sonhadora de Nicolas Jaar e a sonoridade genuinamente britânica de Skepta passando pela interpretação contida de Julien Baker, o poder dos australianos Pond, o folk expansivo de Angel Olsen e o espectáculo visual do californiano Flying Lotus. Samuel Úria, que abriu o festival, Rodrigo Leão & Scott Matthew, First Breath After Coma e Evols representaram o que de melhor se faz em Portugal.
Pela primeira vez, cinco salas de concertos e espaços do centro da cidade do Porto (Café au Lait, Hard Club, Maus Hábitos, Passos Manuel e Plano B) receberam no dia 7 de Junho várias actuações e DJ sets a cargo de artistas nacionais e internacionais, como a promessa do synth pop Shura, a renovadora da cena de Chicago The Black Madonna, a electrónica melódica de Jessy Lanza, a actuação desenfreadas de Las Bistecs, o rock de Mueran Humanos e o projecto de electrónica e experimentação The Suicide Of Western Culture.
No último dia, sábado, o festival encerrou com um cartaz eclético onde sobressaiu o génio da experimentação Aphex Twin, a pop estilizada dos britânico Metronomy, a irresistível máquina de dança dos renascidos The Make-Up, a instituição musical brasileira que é Elza Soares, o psicadelismo dos Black Angels, a brutalidade de Death Grips ou grandes promessas como Sampha e Weyes Blood, todos parte de um fim de semana que uma vez por ano transforma a cidade do Porto num palco mundial.
Rita Torres Baptista, Directora de Marca e Comunicação da NOS considera que, na sua sexta edição, o NOS Primavera Sound é já um evento incontornável na agenda da cidade do Porto e do país do qual a NOS se orgulha em fazer parte, aproveitando para congratular todas os parceiros que, desde o primeiro momento, acreditaram que era possível fazer algo diferente num lugar idílico onde se celebra a música e onde a descoberta inspira a experiência.
Nuno Lemos, da Porto Lazer acredita que esta edição mostra uma vez mais que o festival é um exemplo claro da simbiose entra a música e a natureza, honrando o compromisso de respeitar o espaço do Parque da Cidade.
O NOS Primavera Sound 2017 provou que mesmo um cartaz mais arriscado recebe resposta de um público exigente e fica reiterado o desejo de continuar a fazer do festival o reflexo daquilo que de melhor se faz na música.
Em 2018, o NOS Primavera Sound volta ao Parque da Cidade nos dias 7, 8 e 9 de Junho.