por redação
O último estudo sobre os hábitos de consumo dos portugueses nos últimos 12 meses e a sua evolução para 2017, desenvolvido pelo Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM), conclui que os consumidores nacionais estão mais realistas em relação ao futuro.
50% dos inquiridos revela uma melhoria da situação económica e 41% acredita que se deverá manter. Portugal assiste assim a uma retoma do consumo, com 68% dos consumidores inquiridos pelo IPAM a acreditar que o seu poder de compra aumentou e mostra mais confiança no futuro.
63% dos portugueses diz estar confiante em relação à situação financeira do agregado familiar. Quando são questionados sobre as razões em relação ao aumento do orçamento disponível, 46% referem que há integração no mercado de trabalho de algum elemento do agregado familiar. Por fim, o estudo diz que apenas nove por cento dos consumidores prevê uma evolução não favorável da atual situação económica.
O comportamento do consumidor em 2015 e 2016 foi analisado pelo IPAM e revela que foi um dos piores anos da crise económica, tendo uma alteração significativa no comportamento dos consumidores, que se apresentam mais confiantes num futuro melhor.
“Os consumidores avaliam a situação económica e financeira de forma tendencialmente melhor, registando-se uma nítida predominância de respostas a apontarem para a manutenção ou melhoria da situação”, diz Mafalda Ferreira, Professora do IPAM e coordenadora do estudo.
Apesar de algumas mudanças nas condições de vida dos consumidores nota-se também uma adaptação à crise e uma alteração profunda de comportamentos com impacto na qualidade de vida.
O estudo revela ainda que os portugueses continuam a comer cada vez menos fora de casa.
A análise às despesas com alimentação continua a registar uma diminuição no número de refeições realizadas fora de casa, tendência já verificada no ano anterior. No entanto, em contrapartida, as despesas com alimentação em casa tendem a manter-se estáveis.