A TAP vai, nos próximos quatro anos, liderar um projeto ligado à manutenção aeronáutica e integrado no Clean Sky 2 (CS2), o maior programa europeu de investigação em aeronáutica.
A TAP vai, nos próximos quatro anos, liderar um projeto ligado à manutenção aeronáutica e integrado no Clean Sky 2 (CS2), o maior programa europeu de investigação em aeronáutica inserido no programa de fundos europeus para a investigação e inovação Horizonte 2020. A proposta apresentada pela companhia portuguesa à Comissão Europeia sagrou-se vencedora entre os diferentes consórcios concorrentes.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, a TAP explica que a sua equipa, liderada por Joel Ferreira e com a colaboração a tempo inteiro de Luís de Oliveira, da Manutenção & Engenharia da companhia, “irá coordenar um consórcio de 12 instituições, entre empresas, universidades e institutos de investigação, e terá de gerir um orçamento de cerca de seis milhões de euros”.
O projeto conduzido pela transportadora nacional terá dois objetivos fundamentai. O primeiro passa, segundo a TAP, por “desenvolver metodologias de vigilância de manutenção antes da ocorrência de falhas (manutenção preditiva), enquanto o segundo diz respeito à viabilização da introdução, em larga escala, de dispositivos móveis e aplicações inovadoras, de apoio à execução de manutenção, de uma forma integrada entre MROs (organizações de Manutenção), companhias aéreas e fabricantes.
Ao nível do primeiro objetivo, a TAP será responsável pela seleção dos sistemas e componentes críticos a vigiar, para a especificação dos métodos a utilizar, seja recorrendo a dados atualmente gerados pelos sistemas da aeronave ou através da instalação de sensores adicionais, para a estratégia de processamento dos dados em cada caso, na aeronave ou em estações-terra e para a avaliação da viabilidade de cada uma das soluções.
Quanto ao segundo objetivo, caberá à companhia aérea portuguesa a definição das necessidades reais dos técnicos de manutenção em termos de apoio à decisão em ambiente de hangar e ambiente de linha, no fornecimento de uma visão integrada de uma infraestrutura de manutenção, com vista à identificação de oportunidades resultantes do uso intensivo de dispositivos móveis, nomeadamente para a gestão de configuração das aeronaves e otimização de planeamento de manutenção, e, finalmente, o teste das soluções em ambiente real.
Através da sua integração no CS2, a TAP terá acesso privilegiado a toda a informação gerada dentro da secção do programa em que se encontra – Large Aircraft IADP Platform 3 “Next Generation Aircraft Systems, Cockpit and Avionics” – onde, para além das questões ligadas à manutenção aeronáutica, serão estudados temas como “operações de voo otimizadas”, “desenvolvimento de tecnologias de aviónicos” e “cockpit de próxima geração”.
A TAP, a TEKEVER e o ISQ são as únicas entidades portuguesas que participam no consórcio vencedor.