Saúde

Malária: Investigador português ganha bolsa americana

O laboratório do investigador português Carlos Penha-Gonçalves, no Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), vai ser financiado pela March of Dimes Foundation, uma organização norte-americana destinada a melhorar a saúde das grávidas e dos bebés.
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O laboratório do investigador português Carlos Penha-Gonçalves, no Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras, vai ser, este ano, financiado pela March of Dimes Foundation, uma organização norte-americana destinada a melhorar a saúde das grávidas e dos bebés.
 
Carlos Penha Gonçalves conquistou o apoio desta fundação dos EUA – que, pela primeira vez, vai financiar investigação numa instituição portuguesa – graças aos seus estudos acerca da malária na gravidez, revela, em comunicado, o IGC.
 
De acordo com o instituto, as mulheres grávidas infetadas com o parasita da malária (“Plasmodium falciparum”) correm o risco de desenvolver problemas durante a gestação, tais como partos prematuros, nascimento de bebés com baixo peso, nado-mortos e abortos.
 
O parasita da malária acumula-se na placenta originando uma inflamação em resposta à infeção, inflamação que, por sua vez, provoca danos na placenta e prejudica o crescimento fetal, explica o IGC. 
 
O projeto vencedor do laboratório de Carlos Penha-Gonçalves vai focar-se, portanto, no estudo dos fatores-chave e mecanismos que atuam na placenta de forma a proteger o feto da inflamação.
 
Aproveitando o financiamento da March of Dimes Foundation, os investigadores portugueses “vão estudar as células fetais da placenta, denominadas trofoblastos, que são importantes nas trocas de nutrientes e gases entre a mãe e o feto”.
 
Utilizando ratinhos como modelo, os cientistas do IGC “vão investigar de que forma estas células podem ser direcionadas para assegurar o fornecimento de sangue materno para a placenta e os nutrientes para o feto durante a infeção”.
 
“Este projeto vai contribuir para a identificação de agentes terapêuticos que assegurem a função da placenta em mulheres grávidas infetadas com o parasita da malária de modo a proteger o feto em desenvolvimento e a sobrevivência de recém-nascidos”, congratula-se Carlos Penha-Gonçalves.
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano mais de 50 milhões de mulheres grávidas estão expostas à malária. Em África, cerca de 10.000 mulheres grávidas e 200.000 crianças morrem a cada ano como resultado da infecção da malária na gravidez.
 

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