Afinal, o "brilho" das futuras mamãs não é apenas parte do imaginário popular e pode, até, ser explicado cientificamente: a gravidez tem um "efeito rejuvenescedor" nas mulheres e contribui para atrasar o processo de envelhecimento.
Afinal, o “brilho” das futuras mamãs não é apenas parte do imaginário popular e pode, até, ser explicado cientificamente: a gravidez tem um “efeito rejuvenescedor” nas mulheres e contribui para atrasar o processo de envelhecimento, funcionando como uma espécie de elixir da juventude.
A conclusão é de um estudo realizado por um grupo de investigadores israelitas cujas conclusões foram publicadas, em Março, na revista científica Fertility and Steritily e que prova que o que faz “brilhar” as mulheres durante a gestação é um processo fisiológico associado à partilha de sangue entre a mãe e o bebé.
Os cientistas da Faculdade de Medicina de Hadassah, em Jerusalém, estudaram os efeitos de transplantes de fígado em fêmeas de rato, algumas delas grávidas e outras não, com recurso a técnicas avançadas de ressonância magnética.
A equipa descobriu que nas fêmeas jovens e que não estavam grávidas, 82% do fígado se regenerou dois dias após a cirurgia e que, nas mais velhas, que também não estavam grávidas, apenas 46% daquele órgão se tinha regenerado no mesmo período de tempo.
No entanto, os resultados mais surpreendentes foram obtidos com as fêmeas grávidas: entre estes animais, independentemente da idade, 96% do fígado estava regenerado após dois dias. Além disso, a gravidez protegeu também as fêmeas mais velhas de danos nos tecidos cardiovasculares que, em humanos, são uma parte inevitável do envelhecimento.
De acordo com os cientistas, a gravidez é uma “condição única” para o corpo humano, obrigando a que este tenha de gerir os sistemas de dois seres ao mesmo tempo. Para o organismo de mais idade, a experiência é como “uma injeção de um elixir de juventude”, o que explica o processo de rejuvenescimento de que beneficiam as mães.
“À medida que envelhecemos, a regeneração torna-se mais difícil para os tecidos. Visto que a gravidez é um modelo biológico único de partilha parcial do sistema circulatório, acreditamos que a gravidez possa ter um efeito rejuvenescedor nas progenitoras”, afirma a equipa, coordenada por Tal Falick Michaeli.
O estudo demonstrou, no entanto, que os efeitos positivos da gravidez no organismo são “transitórios”, mantendo-se apenas por cerca de dois meses após o parto.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).