A equipa descobriu que uma proteína denominada 'NCoR', que regula o processo de transferência da informação do ADN, tem um papel importante na evolução dos melanomas.
O estudo, publicado na revista Oncotarget, mostra ainda que a distribuição da 'NCoR' dentro das células indica uma previsão da evolução do melanoma, mesmo quando analisado em fases iniciais, explica o comunicado da instituição.
De acordo com Fernando Gallardo, chefe de seção do serviço de Dermatologia do Hospital do Mar, até ao momento ainda não havia nenhum marcador de prognósticos a nível molecular que fosse indicativo da evolução do melanoma malígno.
Contudo, os especialistas indicaram que as diferenças no processo de transformação da informação genética em proteínas necessárias para o funcionamento e desenvolvimento das células neste tipo de cancro fazem com que o seu comportamento mude consoante os pacientes, mesmo estando na mesma fase da doença.
“É muito importante detetar o melanoma em fases iniciais para o poder tratar, mas também há que dispor de marcadores fiáveis que nos permitam prever a sua evolução”, explica Fernando, citado pelo mesmo comunicado.
O investigador acrescenta que a identificação da proteína como biomarcador “abre a porta para a existência de uma ferramenta que permita prever como evoluirá a doença em cada paciente, mas também identificar que pessoas podem beneficiar de futuras terapias baseadas no controlo desta proteína”.
Os melanomas são cancros na pele e todos os anos são a causa de mais de 20 mil mortes na Europa e 50 mil no resto do mundo.
Quando localizado apenas na pele, o índice de cura é elevado, ao contrário de quando se estende a gânglios ou metástases alargadas.
Notícia sugerida por Patrícia Guedes