A dirigente nasceu em Negreiros (Barcelos) há 38 anos, mas desde bebé que reside em França. Como contou ao jornal Expresso, o seu principal objetivo neste momento é colocar a instituição, com mais de cem anos de história, nos rankings.
“Sempre fiz questão que soubessem que também tenho nacionalidade portuguesa. Sempre prezei ser 'Oliveira' e não 'Olivier'. Para mim não é um handicap, porque na Sorbonne sabem que toda a minha formação é francesa. Caso contrário, não sei se teria chegado a este cargo. Até agora, os lugares de grande chefia têm sido ocupados por franceses de 'gema', com nomes bem franceses”, acrescentou ainda à mesma publicação.
A vice-reitora prepara-se agora para coordenar o projeto 'Paris Sorbonne Cité', que junta oito das universidades mais prestigiadas e cinco centros de investigação daquela cidade. O objetivo é entrar nos 'rankings' internacionais, sobretudo o de Xangai, que apenas inclui universidades norte-americanas e inglesas.
Outro dos objetivos é também promover a língua francesa no resto do mundo. Isabelle sabe falar português, contudo só aprendeu quando chegou à universidade, uma vez que os seus pais entendiam que era mais importante dominar o francês.
O Erasmus que fez em Portugal também ajudou a dirigente a perceber a língua, bem como a “ir de encontro” às suas raízes. Em 1999 concluiu a licenciatura em Ciências da Linguagem e do Conhecimento na Universidade de Lyon, com média de 17,8 valores. Em 2006 fez um curso de Direito em Coimbra, em regime de 'e-learning', ou seja, à distância.
Neste momento, a catedrática está envolvida em dois projetos, que acumula com as suas novas funções na Universidade de Sorbonne: a criação de um 'software' de deteção automática de metáforas para a língua francesa e portuguesa; e o lançamento de um 'Atlas Semântico'.
Antes de ser eleita vice-reitora, Isabelle era diretora da Faculdade de Langues Etrangères Appliquées, da mesma universidade.
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes