O português António Horta-Osório foi nomeado para presidente do conselho de administração do museu londrino Wallace Collection, em Inglaterra, considerado um dos mais importantes da Europa. A nomeação foi feita pelo primeiro-ministro britânico.
O português António Horta-Osório foi nomeado para presidente do conselho de administração do museu londrino Wallace Collection, em Inglaterra, considerado um dos mais importantes da Europa. A nomeação foi feita pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron.
Horta-Osório, atual presidente do grupo bancário Lloyds, vai substituir, a partir de Janeiro, 'sir' John Ritblat, um empreendedor britânico do setor imobiliário que ocupou o cargo durante uma década, período durante o qual o número de visitantes aumentou 80%.
De acordo com um comunicado da instituição, a nomeação do português foi efetuada, formalmente, por David Cameron, que, por ser primeiro-ministro, é responsável pela designação dos administradores do museu, cujo acervo foi doado, no final do século XIX, pela viúva de Richard Wallace, filho ilegítimo e herdeiro do quarto Marquês de Hertford.
“Sinto-me imensamente privilegiado por ter a oportunidade de ser o presidente da Wallace Collection na próxima fase da sua evolução e por continuar o grande trabalho feito por 'sir' John na década passada”, disse o português.
Também John Ritblat, o seu antecessor, se mostrou satisfeito com a eleição. “Estou encantado por ver a Wallace Collection. Estou certo de que [Horta Osório] vai provar ser uma escolha extraordinária e vai apreciar as suas funções neste museu glorioso”, declarou o britânico.
Durante o mandato de John Ritblat foram concluídos vários projetos de reabilitação do edifício construído no final do século XVIII, que serviu de embaixada de Espanha e França e de residência dos marqueses de Hertford, até à abertura do museu público em 1900.
Museu bateu recorde de visitantes em 2013
No decurso da próxima década, o museu ambiciona tornar-se uma referência em termos de arte francesa do século XVIII e de armas e armaduras reais europeias, bem como aumentar a acessibilidade e o acolhimento de uma audiência diversificada, encorajar o conhecimento e modernizar as infraestruturas.
Além de um fundo importante de arte francesa do século XVIII e de armas e armaduras reais, a Wallace Collection possui, também, um número importante de quadros de grandes pintores europeus como os flamengos Franz Hals e Rubens, o espanhol Velazquez ou o italiano Ticiano.
Segundo os termos da doação feita pela viúva de Richard Wallace ao Estado britânico, a coleção de 5.637 peças, a preservar, não pode ser aumentada nem reduzida. A entrada no museu, situado no centro de Londres e que, o ano passado, atraiu um número recorde de 415 mil visitantes, é gratuita.
António Horta-Osório, de 50 anos, é presidente do Lloyds desde 2011, depois de ter trabalhado para o grupo Santander durante 17 anos. É também administrador e consultor em diversas instituições de ensino, culturais e de investigação nacionais e internacionais, como a universidade London Business School, em Inglaterra, e o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
Notícia sugerida por Maria da Luz e Patrícia Guedes