O VetiGel promete substituir pensos e ligaduras tornando a assistência médica muito mais rápida e eficiente. Em caso de emergência, os pacientes teriam apenas que aplicar uma camada de VetiGel sobre as feridas abertas, sem necessidade de fazer pressão nem de aplicar pensos.
“Quando há hemorragias graves e se a assistência não chegar a tempo, por exemplo em cenários de guerra, a vítima poderá morrer em poucos minutos”, explica numa conferência TEDx, Joe Landolina, o jovem licenciado, de 21 anos, que desenvolveu a substância.
“As nossas células vivem num ambiente de fibras, proteínas e açucares que formam a matrix extracelular. É esta rede que estrutura os nossos tecidos. É também esta matrix que é preciso regenerar quando fazemos um corte”. “O problema”, salienta, “é que a estrutura desta matrix é diferente em cada zona do corpo já que o tecido do fígado é diferente, por exemplo, do tecido da pele”.
Gel acelera cicatrização natural
Assim foi necessário criar um gel que reage de forma distinta conforme a área em que é aplicado. Os polímeros do VetiGel reforçam as plaquetas da superfície com a qual entram em contacto, para fechar a ferida. Assim, o gel acelera a cicatrização natural dos tecidos criando, em poucos segundos, uma espécie de penso que também desinfeta e trata a infeção.
O jovem, licenciado em química molecular pelo Polytechnic Institute of New York University (EUA), conta, na mesma sessão das conferências TEDx, que vem a desenvolver esta ideia desde 2010. A inovação já recebeu dois prémios, nos EUA, graças aos quais arrecadou cerca de 4 mil euros.
!Espero que no futuro todos os paramédicos, todos os militares e todas as mães tragam consigo o VetiGel”, diz Joe Landolina. O jovem já fundou uma empresa, a Suneris, para obter a aprovação da Food and Drugs Administration (entidade que gere a aprovação de medicamentos nos EUA) a fim de comercializar este gel.
Notícia sugerida por Elsa Fonseca, Maria da Luz e Patrícia Guedes