A Câmara de Lisboa aprovou, esta quarta-feira, o Plano de Urbanização de Alcântara, que prevê uma melhor distribuição do trânsito pela zona, mais acessos e novos meios de transporte público, mais habitações e mais emprego.
O projeto orientado pelo arquiteto Manuel Fernandes e Sá prevê grandes mudanças em termos de mobilidade e transportes. Uma nova estação de comboio seria construída no Bairro do Alvito, sendo que as linhas de Cascais e de Cintura estariam ligadas. A Estação de Alcântara-Mar seria enterrada e a de Alcântara-Terra (Leste) reformulada, com interfaces intermodais.
Além disso, os autores do projeto referem a criação de uma ligação em metro ligeiro, cujo percurso ligasse o Alvito a Campo de Ourique (Rua de Maria Pia), depois de atravessar as encostas do vale em viaduto (também pedonal e ciclável), e que chegasse depois à Estrela. Ali encontrar-se-ia a Linha Vermelha do metro, através da extensão da rede.
Alterações na circulação automóvel
A circulação automóvel também é alvo de um grande plano de reformulação: com a construção de uma nova rotunda na Baixa de Alcântara, o atual acesso à ponte 25 de Abril ficará para veículos prioritários e transportes públicos, sendo construído um novo ramal na Avenida de Ceuta que contornará a norte a ETAR que está a ser construída.
Esse novo ramal vai juntar-se depois ao que vem do Viaduto Duarte Pacheco, pelo que os carros deixam de fazer a inversão de marcha depois de entrar na Avenida de Ceuta. Outra alteração é a abertura de um túnel entre a Avenida de Brasília e a 24 de Julho, pelo que será desmontado o viaduto da Infante Santo.
Mais residências e emprego
O objetivo deste projeto é tornar Alcântara num novo centro urbano. “Alcântara vai passar a ser, finalmente, uma parte do miolo da cidade e acabamos com um impasse em que deixámos muitos investidores durante muitos anos”, afirmou o presidente da autarquia, António Costa, ao jornal Público.
A construção de residências será a primeira vertente do plano a avançar, juntamente com a criação de mais emprego. A zona será também servida por um hospital privado.
Ainda não há datas definidas pelo executivo para o arranque do projeto, sendo que o documento segue agora para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, indo depois para consulta pública.