No Reino Unido, uma carta escrita por um marinheiro britânico, há cerca de cem anos, em plena I Guerra Mundial, chegou recentemente às mãos da bisneta, na Escócia.
No Reino Unido, uma carta escrita por um marinheiro britânico, há cerca de cem anos, em plena I Guerra Mundial, chegou recentemente às mãos da bisneta, na Escócia.
A missiva tinha como destinatários os pais do autor, David John Phillips, que trabalhou na reparação de barcos nas ilhas Orkney, durante o conflito militar entre 1914 e 1918. Em 1980, eis que a mensagem – assinada com a frase 'Do vosso rapaz de jaqueta azul' – é encontrada escondida atrás de uma lareira de uma casa em Kirkwall, Orkney, no norte da Escócia, que pertenceu ao marinheiro e à sua mulher, Catherine Johnston.
Há cerca de um ano, quase um século depois desde que foi escrita, a mesma foi entregue à biblioteca local. Determinados a descobrir o autor da carta, os responsáveis pela instituição lançaram um apelo no seu blogue online, juntamente com uma imagem do texto centenário.
A procura só chegou ao fim do outro lado do Atlântico, quando, no Canadá, um familiar distante suspeitou que a carta fosse da autoria de David John Phillips, de Llanelli, South Wales, para onde o marinheiro se mudou, no fim da Grande Guerra, e teve dois filhos. Entrou em contacto com a bisneta do marinheiro, Mary Hodge, em Chester, que entrou em contacto com a biblioteca escocesa e pôde confirmar o escritor do texto como sendo o seu bisavô.
“Desde que partilhei o meu passado com este meu amigo do Canadá que ele vai mantendo um olho entre cá e lá”, conta Mary Jane, citada pelo Daily Mail. “Quando soube do que se estava a passar na Biblioteca e Arquivo Municipal de Orkney,ligou-me e disse-me para entrar em contacto com eles, porque tinha visto um 'post' no blogue deles e tinha a certeza que era sobre o meu bisavô”.
Assim que viu a imagem partilhada na página da Internet da instituição, Mary conseguiu desde logo identificar o seu bisavô pelo nome e endereço indicados. “Foi uma mistura de grande emoção, choque e incredibilidade”, revela a bisneta de David.
A mulher planeia, agora, viajar até Orkney para receber a carta endereçada aos seus trisavós. “Ainda bem que a Internet existe. Se não fosse isso, é provável que esta carta nunca me tivesse chegado às mãos. E é tão bom poder ter um bocadinho do meu querido bisavô ao fim deste tempo todo…”, refere a norte-americana.
Notícia sugerida por Vítor Fernandes e Maria Pandina