Esta decisão torna Portugal num dos líderes do “avanço da astronomia no solo nas décadas futuras” e “beneficiará significativamente astrónomos, construtores de instrumentos e a indústria do país”, afirma o diretor do Observatório, Tim de Zeeuw, em comunicado, acrescentando que desta forma o projeto E-ELT dá “mais um passo no sentido de se tornar realidade”.
Segundo o comunicado, o E-ELT permitirá um avanço gigante no conhecimento astrofísico, através de estudos detalhados dos primeiros objetos do Universo, planetas em órbita de outras estrelas, buracos negros de massa extremamente elevada e da natureza e distribuição da matéria escuro e da energia escura, que dominam o Universo.
O E-ELT, que vai ficar localizado no Cerro Armazones, no norte do Chile, próximo do Observatório do Paranal do OES, é considerado uma das maiores prioridades da astronomia europeia no solo e um dos principais projetos do OES para as próximas décadas, adiantou o comunicado.
Portugal aderiu ao ESO em Junho de 2000, tendo a sua adesão sido ratificada pelo parlamento português em Maio de 2001.
O país contribui para os custos anuais da operação da infra-estrutura com cerca de um por cento do orçamento global da organização – cerca de 1,8 milhões de euros em 2012 – valor que se mantém, aproximadamente, em 2013. A contribuição adicional de Portugal ao E-ELT rondará os 5,1 milhões de euros, pagos ao longo dos dez anos da construção.
No comunicado, o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, sublinha que “a adesão ao projeto E-ELT tem um grande significado para Portugal. Os nossos cientistas poderão participar na investigação proporcionada por este telescópio e a nossa indústria terá o desafio de concorrer a este empreendimento a que têm acesso apenas os países aderentes ao E-ELT”.
Notícia sugerida por Lídia Dinis